Tecnologia

Ethereum terá mais uma grande atualização em 2023

A nova atualização do Ethereum irá amarrar as pontas soltas da "The Merge"

O Ethereum (ETH) está se preparando para receber uma grande atualização em 2023. Denominada “Shanghai”, a mudança, que está prevista para ocorrer em março, concentra-se em amarrar as pontas soltas da atualização “The Merge” e introduzir vários pequenos ajustes.

A “Shanghai” é um hard fork (bifurcação), termo cripto que significa atualizar uma blockchain de forma que a torne incompatível com a versão anterior.

No início desta semana, os desenvolvedores do Ethereum criaram uma espécie de blockchain alternativa, chamada “shadow fork”, para testar a atualização, e tudo ocorreu como previsto.

O que muda no Ethereum?

A nova atualização do Ethereum trará a possibilidade de sacar ETH depositado na rede como meio de participar do processo de renda passiva chamado de staking. Os participantes precisam comprar e bloquear pelo menos 32 ETH para ajudar a verificar transações e, em troca, obter remuneração em ETH.

Além disso, a “Shanghai” irá atualizar a Ethereum Virtual Machine (EVM), o ambiente virtual que permite a execução de smart contracts (contratos inteligentes), trazendo benefícios para desenvolvedores que criam aplicativos para o Ethereum.

A nova atualização do Ethereum também prepara as bases para mais uma atualização, que tem o objetivo de tornar a criptomoeda mais escalável por meio do sharding, um método que divide a rede em “fragmentos” como forma de aumentar sua capacidade e reduzir tarifas pagas para realizar transações.

Criptomoedas: Itália começa a cobrar imposto de 26% sobre lucros

No final de dezembro, os investimentos em criptomoedas na Itália ficaram sujeitos a imposto sobre ganhos de capital de 26%. A nova cobrança foi aprovada na votação do orçamento italiano para 2023, apresentado pelo governo da primeira-ministra Giorgia Meloni.

A taxa de 26% será aplicada sobre os ganhos da negociação de criptomoedas que excederem 2.000 euros por período fiscal.

Ainda, o novo projeto de lei estabelece um “imposto de renda substituto” para investidores com uma alíquota menor, de 14%, incidida sobre as criptos do contribuinte tomando como referência os preços no dia 1º de janeiro de 2023 – e não o valor de compra.

Dessa forma, com as novas regras, as perdas de investimento em criptoativos também podem ser deduzidas dos lucros. 

Mesmo assim, ainda não ficou claro se o imposto também se aplica a permutas, ou seja, à troca de uma criptomoeda por outra, sem conversão para euros. O texto aprovado diz que “a permuta entre criptoativos com as mesmas características e funções” não constitui um “caso fiscal”.