As novas restrições dos EUA às exportações de chips podem aumentar a volatilidade de ações do setor de tecnologia, avaliam analistas do UBS.
O país exigiu que a TSMC (Taiwan Semiconductor Manufacturing Company) parasse de fornecer chips avançados para aplicação em IA (inteligência artificial) a clientes chineses a partir desta segunda-feira (11), de acordo com a Reuters. A restrição se aplica a chips de 7 nanômetros ou mais avançados.
Após a decisão, as ações da TSMC caíram 3% na segunda-feira. O mercado já estava aguardando novas restrições aos chips neste fim de ano. Nvidia e Advanced Micro Devices também já sofreram restrições similares no passado.
À medida que mais detalhes sobre as restrições forem divulgados, a expectativa de analistas do UBS é de que a volatilidade no setor aumente. A projeção de aumento de tarifas no governo de Donald Trump pode agravar este cenário.
Notícias Relacionadas
Fundamentos sólidos podem sustentar empresas de tecnologia dos EUA
Mesmo com cenário desafiador, fundamentos sólidos podem seguir sustentando empresas de semicondutores, que vêm colhendo frutos do crescimento da IA, avalia o UBS.
“Embora as implicações mais amplas das novas restrições ainda não estejam claras neste momento, acreditamos que os investidores vão além das manchetes e avaliarão os impactos específicos em cada empresa à medida que os detalhes forem divulgados”, disseram os analistas do banco.
De acordo com projeções, os gastos de Big Techs com IA devem crescer 50% e chegar a US$ 222 bilhões em 2024, com expectativa de alcançarem US$ 267 bilhões em 2025. As empresas mais beneficiadas com os investimentos são aquelas voltadas em semicondutores para IA, segundo o UBS.
Assim, o UBS recomenda que investidores estejam preparados para a volatilidade e adotem estratégias de acordo com seu grau de exposição à IA. Enquanto os que têm baixa exposição à tecnologia podem adotar estratégias de ganhos a longo prazo, os de alta exposição devem investir em preservar capital.
