Tecnologia

Fiscal Cripto busca descomplicar declaração de IR com criptos

A startup brasileira auxilia na declaração do imposto de renda em criptomoedas de forma simples e prática

Esta é a versão online para a edição desta semana da newsletter “Wheres´s the innovation?”.

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Está pronto para conhecer uma das startups que deve dominar o mercado brasileiro nos próximos anos? 

Para a “Where´s the innovation?” desta semana, o BP Money entrevistou Guilherme Zamur, sócio-fundador da Fiscal Cripto.

Confira:
 

Função: 

A Fiscal Cripto é um software criado para resolver todas as questões relacionadas a declaração fiscal de criptoativo do investidor brasileiro e também ao pagamento de imposto. A proposta da startup é ajudar quem investe no setor a estar em compliance com a Receita Federal e, consequentemente, com as regulamentações que existem atualmente. 

A empresa faz isso através de uma plataforma automática que integra corretoras e blockchains para organizar todas as operações do investidor, indo desde a classificação jurídica dessas operações, até o cálculo dos valores e a geração de todos os relatórios. Em suma, sintetiza tudo que o cliente precisa para fazer suas declarações.

Modelo de negócio: 

O modelo de negócio funciona com base em planos anuais de assinatura. Apesar das declarações poderem ser mensais, dependendo do que o investidor fez no mês, a maior parte das pessoas acaba declarando anualmente. 

É comum que investidores só lembrem que precisam declarar os criptoativos quando chega a época da declaração do Imposto de Renda, por isso a startup oferece ao cliente um plano anual para que ele possa fazer essas integrações de forma automática com exchanges e blockchains, gerando todos esses relatórios para que ele declare como quiser.

Diferenciais:

A startup possui dois grandes diferenciais:
1. Possui especialização em criptoativos.
2. Seu serviço é especializado no Brasil.

O primeiro diz respeito a concorrentes nacionais, uma vez que a maioria desses players nasceu para fazer declarações de operações da bolsa de valores, e vendo o crescimento do mercado cripto, decidiram também lançar algumas soluções para o setor. A Fiscal Cripto já nasceu como uma startup voltada para o segmento, o que traz muita diferença. A empresa conhece a linguagem cripto, a plataforma possui todos os tipos de operação relacionadas ao setor, além de conter integração com o sistema blockchain. Logo, a companhia é mais especializada que as demais, contando também com uma a equipe de suporte 100% voltada para essa área. 

Em relação a players internacionais, que se assemelham mais ao modelo da Fiscal Cripto, o diferencial da startup é focar no sistema brasileiro. Enquanto as empresas de fora fazem outros mercados e declarações de criptoativos para Estados Unidos, Europa, etc, a Fiscal Cripto está integrada ao Brasil, então cumpre com as normas e regulamentações da Receita Federal e dos órgãos reguladores brasileiros.

Estágio atual: 

A Fiscal Cripto é uma startup early-stage, ou seja, ainda está na fase inicial do negócio. A primeira versão da plataforma foi lançada em março do ano passado, e funcionava da seguinte forma: a pessoa baixava uma planilha, a preenchia, devolvia ela no site, pagava um valor e recebia a declaração. 

Ao longo do tempo esse produto foi evoluindo e hoje, com cerca de um ano e meio de operação, a empresa conta com uma plataforma totalmente diferente. Por meio dela é possível atender todas as solicitações do cliente, e não só uma das declarações. O site também já integra automaticamente 40 exchanges e redes blockchains. 

Além disso, atualmente a Fiscal Cripto também permite toda uma parte de customização de cálculos que o investidor configura na plataforma. 

“A legislação tributária de criptoativos ainda é muito ambígua. Tem muita coisa que não é clara, as pessoas não sabem como fazer e a Receita também não definiu claramente, então o próprio investidor tem que decidir que risco ele quer correr e de que forma que ele quer fazer”, disse Guilherme Zamur, sócio-fundador da startup, em entrevista ao BP Money. “Nesse sentido, o que a gente faz hoje é viabilizar um local onde esse investidor possa fazer as contas para pagamento de imposto e realizar as declarações dele como preferir”.

Vale destacar que, apenas nesse período, a startup já ultrapassou os 5 mil usuários.

Investimento recebido: 

A startup captou um pré-seed (primeira das rodadas de investimento) em setembro deste ano, com dois fundos que investem em negócios early-stage. 

Planos para o futuro: 

A startup pretende facilitar o acesso dos brasileiros aos criptoativos através do compliance regulatório. O entendimento é que para pessoas e empresas poderem investir com segurança e para que criptoativos possam ser utilizados no dia a dia, faz-se necessário o compliance regulatório. 

“Isso vai precisar acontecer e, na minha visão, é o que vai permitir que o mercado de cripto mude de patamar, saindo de uma fase atual de experimentação e especulação de mercado, basicamente, para uma fase de utilidade real e do uso do potencial dessa tecnologia”, finalizou Zamur.

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