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FTX: Gisele e Tom Brady figuram em processo de investidor

FTX Group entrou em recuperação judicial na última semana

A modelo brasileira Gisele Bündchen e o jogador de futebol americano Tom Brady, recém-divorciados, aparecem juntos como alvo de um processo de um investidor contra a FTX. A corretora de criptoativos entrou em recuperação judicial na última semana, deixando mais de um milhão de clientes e credores na fila para recuperar o dinheiro. 

Entre os réus do processo, estão também o ex-jogador de basquete Shaquille O’Neal, a própria FTX e o ex-CEO da companhia, Sam Bankman-Fried. 

No processo, o investidor alega que a FTX se utilizou de celebridades para atrair irresponsavelmente potenciais clientes sem conhecimento dos riscos do setor na promoção de uma corretora que espalhou prejuízos para milhares de consumidores.

Um comercial de Tom Brady e Gisele, em que os dois incentivam seus seguidores a investir em criptoativos por meio da corretora, foi citado no processo pelo investidor. No vídeo, o ex-casal dizia: “FTX: Você está dentro?”.

Segundo a “Bloomberg”, a queixa foi apresentada no tribunal federal de Miami, por Edwin Garrison, que pede para representar os consumidores lesados pela FTX. Para ele, a corretora e as celebridades citadas promoveram  irregularmente produtos de rendimento de criptoativos, que funcionam como uma espécie de conta remunerada, que deveriam ser considerados valores mobiliários ofertados sem o devido registro pela SEC (a CVM dos EUA).

Falência da FTX e renúncia do CEO

Na última sexta-feira (11), a FTX entrou com pedido de falência nos EUA. O processo diz que a Alameda Research tinha entre US$ 10 e US$ 50 bilhões em passivos e uma gama semelhante de ativos. Também estima que “os fundos estarão disponíveis para distribuição a credores não garantidos”.

Segundo comunicado divulgado à imprensa, o FTX Group, que engloba a FTX.com, bem como a FTX US, Alameda Research e “aproximadamente 130 empresas afiliadas adicionais” entrou com o pedido de falência por meio do capítulo 11 (mecanismo semelhante ao de recuperação judicial no Brasil). As empresas que declaram falência pelo capítulo referido podem continuar suas operações do dia a dia.