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Bill Gates define divisão de fortuna bilionária; veja como ficou

Aos 68 anos, ele soma um patrimônio de US$ 124,5 bilhões (R$ 617 bilhões)

Cofundador da Microsoft (MSFT34), Bill Gates ocupa hoje o sétimo lugar no seleto grupo de bilionários mundiais da Forbes. Aos 68 anos, ele soma um patrimônio de US$ 124,5 bilhões (R$ 617 bilhões).

Apesar disso, o bilionário decidiu deixar menos de 1% de sua riqueza para cada um dos filhos. Com a sua ex-mulher Melinda French – de quem se divorciou em 2021 após 27 anos de relacionamento –, Gates anunciou que os seus filhos Jennifer (27 anos), Rory (23) e Phoebe (21) herdariam menos de 1% de sua fortuna, precisamente “apenas US$ 10 milhões cada” (equivalente a quase R$ 50 milhões, na cotação atual). As informações são do jornal “O Globo”.

“É um desserviço para as crianças ter enormes somas de riqueza. Isso distorce tudo o que eles podem fazer ao criar seu próprio caminho”, explicou Gates em entrevista passada ao This Morning. “Nossos filhos receberão uma ótima educação e algum dinheiro, então nunca serão pobres, mas terão suas próprias carreiras”, complementou..

“Quarto filho”

Melinda também tomou a iniciativa de doar grande parte de sua fortuna – US$ 10,6 bilhões (R$ 52,5 bilhões), segundo a Forbes – por achar “absurdo que tanta riqueza esteja concentrada nas mãos de uma única pessoa”, disse ela.

Gates deixou claro onde ficará os restantes 99% da herança: a Fundação Bill e Melinda Gates, considerada pelo ex-casal como seu “quarto filho”, como revelou Mark Suzman, diretor executivo da entidade, ao Wall Street Journal.

A fundação busca “promover a nossa visão de que todas as pessoas devem ter a oportunidade de viver uma vida saudável e produtiva”, já afirmaram Bill Gates e Melinda, que dedicam grande parte do seu tempo à realização de projetos de desenvolvimento através da filantropia.

Até 2026, a Fundação Gates pretende gastar US$ 9 bilhões por ano em áreas de inovação, como a prevenção de futuras pandemias, a redução da mortalidade infantil, a melhoria da segurança alimentar e a adaptação climática.

Com cada objetivo da fundação, vieram também críticas e ceticismo em relação às verdadeiras intenções de seus membros fundadores. Em particular, questiona-se a enorme influência acumulada pela Fundação Gates, apesar de a entidade ser considerada apolítica.

Um exemplo é a relevância que a a fundação tem na Organização Mundial da Saúde (OMS), sendo o seu segundo maior contribuinte, depois do governo dos Estados Unidos. Somente a entidade de Gates é responsável por mais de 88% do total doado por fundações filantrópicas.

Há também quem aponte outras razões de Gates para atribuir a sua herança à fundação. “Se eles deixassem a sua riqueza aos seus descendentes, seriam devidos impostos patrimoniais significativos após a morte. Ao fazer doações de caridade na forma de ações, eles e seus herdeiros poderiam escapar dos impostos.

Ao transferir quase toda a fortuna para organizações filantrópicas, bilionários como Gates estão colocando grandes quantidades de riqueza permanentemente fora do alcance do Internal Revenue Service”, afirma um artigo publicado em The New Yorker.