A Gemini, corretora de criptomoedas, demitiu 10% de sua equipe, de acordo com fundadores da companhia, Cameron e Tyler Winklevoss, também conhecidos como “gêmeos do Facebook”, em um blog publicado nesta quinta-feira (02). A Gemini não informou a quantidade de funcionários demitidos, mas, de acordo com a página da corretora no LinkedIn, mais de mil pessoas trabalham na empresa, indicando que cem funcionários foram desligados de suas tarefas.
As demissões da corretora convergem com o momento econômico ruim das startups e do mercado de criptomoedas. Segundo o site Layoffs.fyi, quase 15 mil pessoas pelo mundo perderam seus empregos em startups no último mês. Não é claro se é a primeira vez que a corretora cripto dos gêmeos do Facebook demitiu colaboradores. A Gemini foi fundada em 2014.
Sete meses antes das demissões, a corretora cripto anunciou ter arrecadado US$ 400 milhões, em sua primeira rodada de obtenção de fundos que a avaliou em US$ 7,1 bilhões.
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As sedes físicas da Gemini estão fechadas nesta quinta-feira. A empresa terá conversas remotas com funcionários afetados pelo corte sobre pacotes de separação e benefícios de assistência médica. Na próxima sexta-feira (03), a corretora de cripto planeja conversar com a equipe remanescente para discutir o futuro da companhia.
Os preços das criptomoedas têm caído desde o início deste ano, após um bom momento em 2020 e 2021. Com a queda, os volumes de criptomoedas negociados em corretoras também caíram, inclusive na Gemini.
Além da Gemini, a 2MP, gestora de empresas do mercado de criptomoedas, como Mercado Bitcoin, Bitrust, Meubank, MB Digital Assets, MezaPro e Blockchain Academy anunciou a demissão de 90 funcionários por conta do crescimento da crise financeira global em 2022, acompanhada pela alta de juros, inflação e aperto nas políticas monetárias do países, além da turbulência no mercado cripto. A empresa possui cerca de 750 funcionários.
