Tecnologia

Google (GOGL34) demite engenheiro por afirmar que inteligência artificial tinha consciência

O funcionário já havia sido posto de licença no mês passado pela afirmação

O Google (GOGL34) anunciou a demissão do engenheiro Blake Lemoine por ter dito que uma inteligência artificial desenvolvida pela empresa tinha consciência e sentimentos. O funcionário já havia sido posto de licença no mês passado. A demissão de Lemoine foi relatada pela primeira vez pela “Big Technology”, um newsletter de tecnologia e sociedade.

De acordo com a gigante norte-americana de tecnologia, Lemoine violou as regras de confidencialidade da companhia e emitiu mentiras sobre a inteligência artificial LaMDA (Language Model for Dialogue Applications). 

O Google afirmou que a inteligência artificial é simplesmente um algoritmo complexo projetado para gerar uma linguagem humana convincente.

“É lamentável que, apesar do longo envolvimento neste tópico, Blake ainda tenha optado por violar persistentemente políticas claras de segurança de dados que incluem a necessidade de proteger as informações do produto”, disse um porta-voz do Google em um e-mail à “Reuters”. 

No ano passado, o Google relatou que o LaMDA foi construído com base em pesquisas da empresa que mostram que modelos de linguagem baseados em Transformers, treinados a partir de diálogos, podem aprender a falar sobre qualquer assunto.

De acordo com Lemoine, um dia antes de sua suspensão, ele entregou documentos ao gabinete de um senador dos EUA, alegando que os papéis forneciam evidências de que o Google e sua tecnologia estavam envolvidos em discriminação religiosa. 

“Nossa equipe – incluindo especialistas em ética e tecnólogos – revisou as preocupações de Blake de acordo com nossos princípios de IA e o informou que as evidências não apoiam suas alegações”, afirmou Brian Gabriel, porta-voz do Google, em comunicado. 

Lemoine, que é um militar veterano que se descreveu como pastor, ex-presidiário e pesquisador de IA, relatou a executivos do Google que acreditava que o LaMDA era uma criança de 7 ou 8 anos de idade. Suas alegações foram baseadas em suas crenças religiosas, que afirmou serem discriminadas pelo departamento de recursos humanos da empresa.