O Google (GOGL34) lançou nesta quarta-feira (10), o Bard Google, chatbot inteligente concorrente do ChatGPT. Após um período de testes, a ferramenta foi liberada para uso em 180 países em inglês, recebeu melhorias de processamento e capacidade de interação com os usuários. E, em breve, será possível interagir com o chatbot em mais de 40 novos idiomas, incluindo o português, o japonês, o coreano, e o italiano, entre outras línguas. As informações são do Infomoney.
“Lançamos o Bard como um experimento limitado e colhemos muitos feedbacks. Desde então, estamos trabalhando para fazer uma série de melhoras”, afirma Sissie Hsiao, vice-presidente do Google Assistant e Bard. Com a ampliação do serviço, o Google espera que mais usuários testem o chatbot e sigam ajudando nos ajustes necessários.
Com o processador PALM 2, novo modelo de linguagem artificial também lançado nesta quarta, o Bard mostrou uma melhora significativa em suas capacidades de lógica e matemática. “Agora é possível gerar códigos, depurá-los e até ter explicações sobre eles a partir da interação com o Bard”, explicou a executiva. Essa versão atualizada do chabot é capaz de programar em mais de 20 linguagens, como C++, Java, Python e HTML, só para citar algumas.
Além disso, o Bard também poderá fazer rascunhos de e-mails e documentos integrados ao ecossistema Google. “Lançamos mais dois recursos de exportação de conteúdo no nosso ecossistema, que vão facilitar a integração entre G-mail e Google Docs com o Bard”, acrescentou Hsiao.
Outra melhoria está relacionada às fotos. A executiva ressaltou que o chatbot vai ficar “mais visual”. “Será possível pedir recomendações de pontos turísticos em diversas cidades. O usuário vai conseguir ver as fotos do local desejado durante a interação com o Bard, além de acessar descrições das buscas”, explicou a executiva. Será possível também pedir para que o chatbot crie tabelas e, a partir disso, exportá-las direto para o Google Sheets, versão do Excel da empresa.
Uma extensão do Bard em parceria com o Adobe Firefly, nova família de modelos de IA generativa para criação nos produtos da Adobe, vai possibilitar que o usuário dê orientações e o Bard crie uma foto. Outros parceiros também estão inclusos no projeto como Spotify e Indeed — mas ainda ainda sem detalhes dos serviços oferecidos.
“Estamos felizes com essa nova versão do Bard: com modelos de linguagem mais modernos, novas capacidade e maior alcance para que as pessoas colaborem ainda mais com o produto. Essa é a direção que queremos dar ao Bard: conectá-lo aos recursos do Google para que as pessoas possam fazer e criar qualquer coisa que imaginem”, ressaltou Hsiao.
O Bard foi lançado no início de fevereiro como uma espécie de resposta ao grande sucesso que o ChatGPT, da OpenAI, fez com usuários ao redor do mundo. A novidade do Google chegou semanas depois da Microsoft assumir a dianteira nos debates de inteligência artificial por meio de parcerias com o ChatGPT.
Google deve responder Microsoft em “corrida” de IAs
O Google deve anunciar, nesta quarta-feira (10), atualizações referentes à área de IA (inteligência artificial) e outras tecnologias, durante a conferência anual I/O da empresa, em Mountain View, Califórnia, perto da sede da companhia. As informações são do Money Times.
A conferência será transmitida ao vivo por plataformas de streamings como o canal oficial do Google no YouTube. E é esperado que big tech anuncie um modelo de inteligência artificial mais poderoso, conhecido como PaLM 2,
As novidades na área de IA devem ser uma espécie de “contra-ataque” à Microsoft, após a rival investir na empresa Open AI, responsável pelo ChatGPT. A tecnologia foi considerada por especialistas do setor como capaz de balançar a liderança do Google.
A tecnologia da OpenAI se expandiu para vários produtos da Microsoft, incluindo a versão de chatbot do Bing, o mecanismo de busca da empresa, e a incorporação do gerador de imagens do DALL-E 2 em editores de imagens.
Já o Google, apresentou modelos como o Bard, chatbot, considerados modelos competitivos. Inclusive o chatbot está em versão de teste aberto e será integrado à plataforma do Google posteriormente.