Que o Pix é revolucionário, isso todo mundo já sabe, mas além de inovador, a ascensão desse tipo de tecnologia iniciou uma nova era para os meios de pagamento no Brasil e no mundo.
Uma das primeiras empresas a prestar atenção nisso, foi o Google, segundo destacou Natacha Litvinov, head de negócios para pagamentos e shopping na América Latina da empresa durante o Febraban Tech 2025.
“Nós da Google trouxemos investimento especificamente para o Brasil depois do Pix”.
De acordo com Litvinov, o crescimento do uso de meios digitais no lugar do dinheiro físico chamou a atenção da gigante da tecnologia.
“Houve uma migração gigantesca de pagamentos em dinheiro para o mundo digital aqui no país, que fez a gente prestar atenção”, explicou.
O movimento destaca o potencial da infraestrutura brasileira para atrair novos investimentos ligados a meios de pagamento.
Crescimento do crédito digital exige dados estruturados
Mas nem só de Pix vive o meio de pagamentos no Brasil. Isso porque, o mercado de crédito também é um personagem importante nesta cena.
Entretanto, com o aumento da inadimplência e alta dos juros, a pergunta que fica é: como o setor financeiro pode usar diferentes tecnologias para facilitar o acesso ao crédito em momentos adversos como o atual?
A resposta parece estar na personalização da oferta de crédito, questão que hoje é um dos focos das fintechs brasileiras. Para Rafael Goulart, country manager da Pomelo no Brasil, o maior desafio atual está no crédito.
“Temos empresas que não são bancos construindo suas fintechs por estarem desenvolvendo dados dos seus clientes e oferecendo crédito de forma personalizada.”
Goulart também destacou a necessidade de estruturar dados para viabilizar o crédito de forma eficiente.
“Precisamos estruturar um crédito sustentável em cima de uma relação comercial estabelecida, com dados”, disse. Ele citou como exemplo o caso do Mercado Pago: “Hoje é maior que o Mercado Livre”.
Tecnologia e inovação moldam o futuro dos serviços financeiros públicos
Para Rodrigo Salgado, gerente nacional de inovação da Caixa Econômica, a tecnologia se tornou um requisito para qualquer instituição financeira. “Se você não se conectar, você fica de fora do mercado”, afirmou.
Salgado destacou a atuação do banco público em projetos voltados ao setor público. “Temos um hub de inovação e nos diferenciamos porque focamos em soluções para o governo, para otimizar serviços aos nossos cidadãos”, completou.
O foco em inovação aplicada ao setor público posiciona a Caixa em um papel estratégico dentro do ecossistema de transformação digital.