A Suprema Corte dos EUA vai revisar um processo multibilionário movido por acionistas contra a Meta. Os autores acusam a empresa de enganar investidores sobre o escândalo de coleta de dados envolvendo a empresa de consultoria política Cambridge Analytica.
As revelações sobre o escândalo contribuíram para duas quedas de preços em 2018, que, segundo investidores, custaram à empresa mais de US$ 200 bilhões em capitalização de mercado.
Os juízes disseram nesta segunda-feira (10) que decidirão se um tribunal federal de apelações errou ao deixar o processo prosseguir com base em alegações de que a companhia inflou os preços das ações ao divulgar inadequadamente o risco de uso indevido dos dados de seus usuários.
O caso poderia redefinir as regras legais que regem a divulgação corporativa. Grupos empresariais liderados pela Câmara de Comércio pediram que o tribunal aceitasse o caso, dizendo que as alegações de divulgação de riscos “contribuíram para uma onda de ações judiciais infundadas por fraude em valores mobiliários”.
A SEC – a comissão de valores mobiliários dos EUA – desde 2005 exige que as empresas divulguem fatores materiais que tornariam um investimento arriscado.
Meta, dona do Facebook, dobra lucro do 1TRI24, mas ações despencam
A Meta Platforms, controladora do Facebook, Instagram e WhatsApp, surpreendeu o mercado ao divulgar seu lucro, que mais que dobrou nos primeiros três meses deste ano, totalizando US$ 12,37 bilhões.
Apesar do resultado positivo, as ações da empresa dona do Facebook enfrentaram uma forte desvalorização devido às estimativas de receita e investimento para 2024, que não atenderam às expectativas.
O lucro diluído por ação aumentou significativamente, passando de US$ 2,20 no mesmo período do ano passado para US$ 4,71 neste trimestre.