Tecnologia

Metaverso se torna ponte para inovação às marcas de moda e beleza

Marcas de beleza, como Nyx, Nars e YSL Beauty, têm investido em inovações dentro do mundo do metaverso e de NFTs

Marcas de moda e beleza, como Nyx, Nars e YSL Beauty, têm investido em inovações dentro do mundo do metaverso e de NFTs. As marcas, além de vender produtos, têm aberto lojas virtuais e comunidades dentro da Web 3.0. Segundo especialistas ouvidos pelo BP Money, esse novo mercado tem se expandido pelo próprio caráter de inovação do mundo da moda e pela necessidade das marcas se posicionarem em relação à Web 3.0. 

Marília Carvalhinha, coordenadora da pós em Fashion Business da FAAP, afirma que o fato da moda sempre se relacionar com o “intangível”. Além disso, o valor das peças não é ligado apenas ao material ou a funcionalidade das mesma, os mundos de realidade virtuais são muito propensos a receberem inovações da moda. 

“Acho que, em primeiro lugar, é legal lembrar que moda sempre teve a ver com algo que é intangível, com uma percepção de valor, que é atribuída a um produto e esse valor não está ligado ao que o produto tem do ponto de vista físico. Não é só o material ou a funcionalidade, ou muito pouco se refere a isso. Ele está muito ligado ao quanto esse produto está conectado a uma percepção de valor do cliente”, disse.

“Então isso tudo, apesar de ainda ser meio maluco e distante para maior parte das pessoas, se relaciona muito bem com o universo digital, virtual e das tecnologias imersivas”, afirmou.

Carvalinha também comenta como a expressão de cada um é importante e, por issoo metaverso pode auxiliar nesse reconhecimento individual.

“Mas imaginando que isso vai evoluir, a gente pode estar ali na rua com uma roupa branca e através de um óculos ou de alguns positivos, outros nos virem vestidos com uma roupa virtual. É ou a gente indo num metaverso mesmo que a gente entra no computador e vai lá num ambiente de metaverso lá a gente tem o avatar que está nos representado através de uma roupa de tal como já acontece hoje nos jogos. Então muito de olho dá com essa evolução nesse mercado e quanto é importante para cada pessoa se manifestar como indivíduo e reconhecer sua identidade no mundo também através da roupa”, disse. 

A coordenadora falou sobre como algumas marcas, Gucci e Tiffany, estarem começando a experimentar a Web 3.0, mostra uma iniciativa no setor. “As marcas estão começando a fazer seus experimentos assim no no ambiente de vendas de moda digital. O que a gente tem são algumas iniciativas pontuais de marcas como Gucci, Tiffany que fizeram vendas de NFTs, de roupas digitais e ganharam muito dinheiro, ganharam assim e faturaram”.

Carvalinha ainda não enxerga uma revolução no setor. “Pode ser uma revolução no setor mas eu acho que está bem difícil ainda de ter clareza de velocidade, se isso vai realmente nessa direção ou vai em outra porque é mesmo o metaverso ainda é algo eh que está muito embrionário. Então as aplicações de produtos relacionados ao metaverso estão mais embrionários ainda”. 

Já para Marcelo Dóro, da Code Cast, uma startup de soluções tecnológicas com foco em Realidade Aumentada e Metaverso para e-commercers, ao investir na Web 3.0, marcas como Apple e Facebook fazem com que esse mercado abra para diferentes setores, como de saúde e moda, por exemplo.

“Mais ou menos uns dois anos atrás, a gente já sabia que as empresas estavam investindo bastante na Web 3.0, principalmente Apple, Facebook, Samsung, enfim, até o próprio Lenovo também já estava investindo na questão de tecnologias imersivas”, disse.

“Todas as empresas do mercado apostando nisso daí e daí logicamente começa uma abertura para vários mercados. Tanto mercado de educação, quanto o mercado de saúde, mercado fashion, etc””, afirmou.

Assim como Carvalinha, para o especialista, o aspecto inovador do mundo da moda teria muito papel nessa iniciativa , “então assim, as marcas acho que elas estão vendo uma oportunidade de se, principalmente o segmento fashion, que é um segmento muito conhecido por inovar primeiro, trazer novas tendências e tudo mais, vem numa necessidade grande de se posicionar nesse mercado”. “A gente acredita muito nesse mercado fashion”, acrescentam. 

“Então assim, tem muita coisa e eu acho que o segmento fashion ele vai muito voltado pra isso também. E vai entrar por quê? Porque eu falei eu acho assim ao meu ver é um segmento que sempre foi inovador, sempre foi um um setor criador de tendência Ele acaba puxando nos outros setores também a inovar junto com ele. Por isso que a gente vê muitas marcas aí. Inovando aqui no Brasil, no caso da Reserva, por exemplo, mas lá fora tem diversas marcas, a Nike, a Nike, a própria, o time da banda”, afirmam. 

Porém, segundo ele, ainda há um tempo de maturação necessário para que possam haver conclusões sobre o novo mercado.

“Falando um pouco da gente, que é um pouco mais conservador. A gente acha que tem um tempo de maturação, tempo de evolução, como toda tecnologia que entra no mercado, ela tem um tempo. Pra ela começar a ter os estudos das marcas em geral trabalhando com isso e tudo mais. Mas a gente vê como é inevitável. Então , mesmo sendo conservadora, a gente vê como inevitável num cenário de cinco a dez anos, por exemplo. Isso vai ser uma coisa corriqueira, vai ser uma coisa do dia a dia”, afirmou.

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