Tecnologia

Neymar e celebridades são processados por inflar preços de NFTs

Lançada em abril de 2021, a coleção Bored Ape Yacht Club tornou-se o símbolo da popularização das NFTs

Lançada em abril de 2021, a coleção Bored Ape Yacht Club tornou-se o símbolo da popularização das NFTs, os tokens não fungíveis. Com preços que chegaram a casa dos milhões de dólares, alguns investidores agora se veem sentados em cima de coleções cujo valor lembra pouco ou quase nada o de meses atrás. O grande sucesso foi impulsionado por celebridades como Neymar, que divulgou a tecnologia à época. 

Em dezembro, um grupo destes investidores decidiu entrar com um processo coletivo, alegando que algumas celebridades, como Jimmy Fallon, Paris Hilton, Snoop Dog e o brasileiro Neymar, criaram uma rede de divulgação com o propósito de inflar os preços do Bored Ape.

Neste processo, as celebridades coordenadas por agentes de Hollywood, teria recebido as artes com intuito de divulgar ao público suas “aquisições”, influenciando investidores comuns a comprarem com o intuito de fazer parte de um “clube”.

O agente de Hollywood Guy Oseary, acusado de organizar o “esquema”, teria se tornado sócio e membro do board da empresa, e segundo os investidores, convencido a Yuga Labs a utilizar as celebridades como forma de divulgação das NFTs. 

Outra empresa também está sendo parte do processo, a MoonPay, que Fallon anunciou em dezembro de 2021, ao apresentar a sua audiência sobre cripto, como uma plataforma similar ao PayPal para compra e venda de cripto. 

Em abril de 2022, tornou-se público que mais de 60 celebridades estavam entre os investidores da companhia. 

Graças a capacidade de rastreamento da blockchain, é possível ver que horas antes de Justin Bieber comprar seus Bored Ape, o artista recebeu US$2,5 milhões em Ethereum na sua Wallet, transferidos por uma carteira associada a Moonpay. O mesmo ocorreu com Post Malone. 

Avaliado pelo Morgan Stanley com potencial de atingir US$230 bilhões em 2030, o mercado de NFTs viu uma queda de valor transacionado de US$43 bilhões em 2021 para US$650 milhões em 2022. 

Neymar é intimado a depor em operação sobre lavagem de dinheiro

Principal jogador do Brasil nos últimos anos, Neymar se envolveu em mais um caso extracampo. O atleta será intimado a depor, na condição de testemunha, no âmbito de uma operação da PCDF (Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF). A investigação apura crimes de extorsão, agiotagem e lavagem de dinheiro, segundo o portal “Metrópoles”, parceiro do BP Money. 

Na última sexta-feira (27), três pessoas foram presas na operação. O esquema é supostamente capitaneado pelo empresário Eduardo Rodrigues Silva, conhecido em Brasília por ostentar uma rotina semelhante à de atletas que atuam em alguns dos maiores clubes do mundo. Ele se apresenta como “Eduardo Joias” e teria uma empresa especializada no design de peças forjadas em ouro e diamantes. 

Com quase 75 mil seguidores no Instagram, o empresário publicou fotos com Neymar logo após entregar um colar de ouro branco cravejado de diamantes no qual o pingente foi desenhado no formato do nome do atacante. A peça custou, de acordo com a nota, R$ 106,4 mil.

A nota fiscal foi emitida em nome do jogador, em março de 2019, por uma das empresas investigadas por lavagem de dinheiro, sem a respectiva entrada da mercadoria ou matéria-prima para confeccioná-la.

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