Para garantir que a Escadaria Selarón sobreviva com seus azulejos no futuro, a Liga Independente dos Guias Turísticos do Estado do Rio (Liguia) pretende restaurá-la. A estimativa de custos da restauração varia entre R$ 1,5 milhão e R$ 4 milhões. Para levantar esse dinheiro, a Liguia e outros parceiros do projeto devem começar a negociar NFTs (itens digitais exclusivos e autênticos, como obras de arte virtuais, que são comercializados) envolvendo a escadaria. As informações são da Agência Brasil.
Entre os NFTs haverá artes baseadas na escadaria e nos azulejos. O projeto Selarón Pedaço(s) do Mundo, de preservação do monumento, começou em 2018.
A previsão é levantar os recursos até setembro deste ano. A partir daí é necessária a autorização das autoridades municipais para que a restauração seja feita, uma vez que o bem é tombado.
A venda dos NFTs também deve garantir o financiamento da gestão e conservação do local. A ideia é que, no futuro, os responsáveis pelo projeto entrem com um pedido de adoção do monumento junto à prefeitura da cidade.
Sobre a Escadaria Selarón
A Escadaria Selarón, no bairro da Lapa, no Rio de Janeiro, é um dos pontos turísticos mais conhecidos do centro da cidade. Trata-se de um colorido mosaico, feito com cerca de 5 mil azulejos e outros elementos cerâmicos com variadas estampas, que adornam 215 degraus e que, desde 2005, é tombado como patrimônio da cidade.
O responsável por essa intervenção artística dinâmica foi o chileno Jorge Morales, conhecido como Selarón, artista radicado no Rio de Janeiro desde a década de 80 e que foi encontrado morto na escadaria em 10 de janeiro de 2013.
Mas, 10 anos após sua morte, o monumento apresenta sinais de deterioração, resultado de desgastes naturais, atos de vandalismo e a colagem de azulejos “invasores” por visitantes. A restauração prevê, portanto, a venda de NFTs.