Atualmente, devido aos avanços do mercado e suas demandas, existem várias alternativas de investimento e maneiras de escolher os ativos ideais. Uma das mais importantes é a análise da capitalização que divide as ações em micro caps, small caps, mid caps e blue chips. Você já ouviu falar nisso?
As mid caps são empresas com capitalização intermediária na bolsa de valores, normalmente consideradas aquelas entre 300 milhões e 10 bilhões de dólares. Portanto, podem ser uma boa alternativa de investimentos, imaginando o crescimento dessas organizações.
Na bolsa de valores, muitas dessas ações contam com excelente liquidez. Igualmente, podem envolver marcas conhecidas da maioria das pessoas, como Embraer e Natura. Contudo, também existem muitas outras que podem não ser tão comuns no radar do público geral, como Marfrig e Cyrela.
Além disso, a classificação não acompanha o porte da empresa. No Brasil, as empresas de médio porte teriam entre R$ 1,2 milhão e R$ 12 milhões de receita bruta anual, em regra. Logo, mesmo grandes empresas podem ser consideradas mid caps.
Apesar do índice ser formado pelas mais conhecidas, temos muitas mid caps fora do Ibovespa. Assim, caso a sua estratégia passe por fugir do desempenho das principais ações da bolsa de valores, as ações intermediárias podem ser um material valioso.
As ações desse tipo conseguem ser bem diversificadas entre si. O fator que leva uma empresa a estar no patamar intermediário pode variar significativamente, o que precisa ser considerado na sua estratégia de investimentos.
Esse tipo de empresa não costuma ter problemas de liquidez, sendo ações com um bom volume de negociações. Nesse sentido, na maioria dos casos, podem ser utilizadas no day trading e não haverá grandes dificuldades para realizar o lucro pela rentabilidade das ações.
Por fim, com exceção das marcas mais famosas, as mid caps podem não ser tão conhecidas e um investidor iniciante pode ter dificuldades para encontrar informações sobre as opções disponíveis.
As mid caps mais procuradas são aquelas que passam por um processo de expansão e crescimento de mercado. Afinal de contas, embora sempre exista o risco, um plano de negócios consiste poder representar a valorização dos papéis no médio e longo prazo.
Um exemplo recente é o Magazine Luíza. Após o processo de transformação digital da empresa, as ações subiram 1000% em 8 anos de bolsa de valores. O que, embora seja um caso raro, mostra a lógica de identificar negócios com grande potencial de crescimento e assumir riscos, ao investir em mid caps.
Logicamente, tudo depende da sua estratégia e perfil de investidor. Uma pessoa que operasse vendendo — ganhando com a queda das ações — provavelmente estaria mais interessado nas ações da Embraer, que caíram 55,5% no ano de 2020.
Nesse sentido, o momento de investir em mid caps depende bastante das condições econômicas e de pesquisar bastante sobre a empresa escolhida.
A escolha das melhores ações depende, primeiramente, do seu perfil de investimento e objetivos: renda fixa, renda variável, proteção do patrimônio, ganhar dinheiro com a valorização dos ativos etc. Quanto mais mid caps na sua carteira, maior serão os riscos e margem de crescimento, em comparação com os blues chips.
Inclusive, pode ser uma boa maneira de diversificar os investimentos e tentar ganhar mais dinheiro no mercado de ações. Por exemplo, se você tem uma carteira mais conservadora e quer aumentar o potencial de ganho, pode ampliar a quantidade de mid caps escolhidas.
Essas ações também exigem uma boa pesquisa sobre as perspectivas para a empresa e tendências da economia, para quem vai permanecer posicionado. Afinal, muitas delas não são líderes no próprio segmento e buscam expandir os negócios. Logo, assumem riscos nesse processo.