O bitcoin bateu sua máxima histórica em novembro, sendo precificado a US$ 69 mil, antes de cair nos dois dias seguintes. Contudo, analistas destacaram que o recuo, provavelmente, foi uma correção durante um ciclo de avanços que ainda não foi encerrado. O próximo catalisador já pode estar entrando em ação, a atualização Taproot, que será implementada no domingo (14).
O Taproot é a maior atualização no código da rede Bitcoin, depois do Segregates Witness (SefWit) lançado em 2017 com a finalidade de resolver problemas de estabilidade. A nova alteração vem com a promessa de melhorias de custo, funcionalidade de smart contracts (contratos inteligentes), software que rodam blockchain e seguem certas condições pré-programadas.
“Taproot abre o caminho para contratos mais complexos e também para que esses contratos mais complexos ocupem menos espaço na blockchain e portanto sejam menos custosos”, explica o evangelista da Lightning, Lucas Ferreira, ao InfoMoney.
A Lightning Labs desenvolve soluções para a Lightning Network, tecnologia oriunda da atualização SegWit e que processa transações com a criptomoeda de forma mais barata e rápida. Ela é utilizada em El Salvador, onde o Bitcoin se tornou moeda de curso legal.
É esperado que smart contracts mais sofisticados levem mais utilidade para o bitcoin. O Taproot também traz a promessa de maior privacidade para operações mais complexas. “[A atualização] trará privacidade por não deixar explícito a todos na blockchain como as pessoas estão gastando seus bitcoins e como fazem sua custódia”, diz Ferreira.
O usuário comum não precisa ter preocupações, pois qualquer unidade da criptomoeda já emita se tornará automaticamente compatível com a nova rede.