O pagamento de salário com criptomoedas está crescendo no mundo, segundo estudo recente da Deel, empresa de serviços de pagamentos que atua em mais de 150 países. De acordo com a pesquisa, realizada com mais de 100 mil trabalhadores, aumentou de 2% para 5% o número de pagamentos com cripto para quem trabalha de home office. Curiosamente, dois terços dessas transações foram feitas para trabalhadores da América Latina.
Os dados da pesquisa podem ser vistos na Bitwage, plataforma que atua como ponte entre empresas e trabalhadores para pagamento de salários em cripto. Segundo a empresa, metade dos cerca de US$ 6 milhões em transações feitas por mês ocorrem na América Latina, sendo que US$ 2,5 milhões apenas na Argentina.
De acordo com o Fabiano Dias, diretor de negócios internacionais da Bitwage, o Brasil ocupa o segundo lugar no ranking de negócios com criptomoedas na América Latina, apenas atrás da Argentina, que está passando por uma grande crise econômica.
Região da Argentina permite uso de criptomoedas para pagar impostos
O pagamento em criptomoedas está se popularizando na Argentina. Recentemente, a província de Mendoza, na Argentina, autorizou seus habitantes a usarem stablecoins para pagar impostos. O anúncio foi feito pelo governo da região. As criptomoedas USDT, emitida pela Tether, e DAI, da MakerDAO, são as duas stablecoins que aparecem como opção para pagamentos.
Para realizar o pagamento dos impostos, os habitantes de Mendoza poderão utilizar diversas carteiras digitais, como Binance, Lemon, Bitson e Ripio.
A Administração Tributária da província argentina fará a conversão das stablecoins, que possuem paridade com o dólar, em pesos argentinos para processar os pagamentos.
Segundo o site do governo de Mendoza, a medida tem como intenção promover “a modernização e a inovação”.
Mendoza é a quarta província mais populosa da Argentina, com mais de 1,7 milhão de habitantes.
No começo de julho, as buscas por criptomoedas aumentaram entre duas a três vezes na Argentina. O aumento da demanda estava relacionado à renúncia do ministro da Economia da Argentina, Martin Guzmán , em 2 de julho. De acordo com relatos feitos por empresas de criptomoedas ao portal “CoinDesk”, os argentinos começaram a buscar proteção contra uma potencial desvalorização do peso argentino (ARS).