O TikTok vai lançar um novo serviço de marketplace no Brasil através de seu aplicativo. Analistas apontam o potencial de crescimento da ferramenta e a capacidade que o novo player terá de disputar com o Mercado Livre no cenário nacional.
A plataforma estará disponível em Abril no Brasil e será lançada ainda em março no México. Segundo relatório do Santander, o lançamento do Tik Tok no mercado mexicano possibilitou parcerias estabelecidas previamente com algumas empresas, incentivos agressivos e uma adoção maior das categorias beleza, moda e casa.
O documento salienta que pode ocorrer efeito semelhante no Brasil e a chegada da nova ferramenta pode “representar uma oportunidade significativa para empresas locais”. O banco destaca o alerta para o mercado livre que pode perder espaço para a concorrência, principalmente em públicos mais específicos.
Disputa por ninchos
Segundo o Itaú BBA, a plataforma gerou US$32,6 bilhões em volume bruto de mercadorias (GVM) ao longo de 2024. O banco sinaliza que o sucesso da plataforma depende para além das grandes marcas: “também precisa de pequenos vendedores e de um modelo de vendas altamente impulsionado pelo marketing de influenciadores.”
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O Itaú também alerta que se o TikTok Shop conquistar a adesão de um número considerável de vendedores de nincho no Brasil, isso pode resultar em uma sobreposição com a base de clientes do Mercado Livre, o que configura um risco competitivo para a empresa.
“Permanecem incertezas críticas, incluindo se o TikTok Shop operará exclusivamente como um marketplace ou se incorporará serviços de cumprimento e logística, como fez no Reino Unido. No entanto, a trajetória de crescimento da plataforma em outros países, seu perfil de vendedores e seu sucesso em categorias de alto valor, como beleza, sugerem que o monitoramento próximo é necessário”, conclui o BBA.
Os analsitas projetam um crescimento de 22% para o GMV do Mercado Livre no País em 2025. Ainda frisam que, qualquer índice abaixo de 20% já será um alerta para os investidores.
