Aquém da margem

Abaixo das expectativas, PCE dos EUA cresce pouco em novembro

Resultado desanima expectativas

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O índice de preços (PCE) dos Estados Unidos (EUA) cresceu em 0,1% em novembro, segundo o (BEA) Bureau of Economic Analysis , nesta sexta feira (20). Com o resultado, o acumulado do ano foi de 2,4%, contrariando expectativa do Fed (Federal Reserve).

A variação mensal veio abaixo das projeções do mercado que visualizava uma taxa de 0,2% na escala de comparação mensal e 2,5% anual. Sem levar em conta a volatilidade de alimentos e energia, o núcleo do PCE cresceu 0,1%, acumulando 2,8% ao final do ano.

O PCE é o indicador inflacionário preferido do Federal Reserve (Fed) e ajuda o mercado a controlar as expectativas para a próxima reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês).

Análise de especialista

O deflator do PCE (gastos com despesas pessoais), métrica olhada de perto pelo Fed, veio 0,1 p.p. abaixo do consenso no mês de dezembro. A métrica cheia subiu 0,1% (anterior: 0,2%), mesmo nível do núcleo (anterior: 0,3%).

Em relação ao mesmo período do ano anterior, o índice cheio acelerou de 2,3% para 2,4%, embora um pouco abaixo da mediana das projeções. O núcleo, por sua vez, ficou estável em 2,8%.

Segundo o economista Maykon Douglas “Mesmo um pouco abaixo do esperado na margem, a leitura não muda a avaliação de que o Fed será mais cauteloso nos cortes de juros em 2025. Os juros estão perto do nível neutro e a inflação deve subir mais do que o Fed esperava, dado o progresso um pouco mais lento da desinflação.” afirma.

A alta moderada na inflação vem após avanços em outubro de 0,3% e 2,8% respectivamente.

EUA: núcleo de inflação do consumidor, PCE, acelera para 0,3%

PCE (núcleo do índice de preços de gastos com consumo) nos EUA acelerou para 0,3% em setembro ante agosto, após avanço de 0,2% no mês anterior, de acordo com dados divulgados nesta quinta-feira (31) pelo Departamento de Comércio do país.

O indicador do mês anterior foi revisado para cima ante os 0,1% reportados anteriormente. Para setembro, os analistas previam que o indicador acelerasse alta para 0,3%, o que foi confirmado.