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BC da China vê riscos e exige que bancos cumpram regras de capital

O Banco do Povo da China exigiu que instituições financeiras do país cumpram regras estupuladas por órgãos reguladores

O Banco do Povo da China (Banco Central chinês) demonstrou preocupação em comunicado emitido nesta sexta-feira (22). A instituição divulgou uma lista com diversos bancos considerados sistemicamente importantes para a estabilidade financeira do país e exigiu o cumprimento das regras de capital adicional como estipulado por órgãos reguladores.

Em nota, o BC afirma que realizará supervisões adicionais destas instituições junto ao órgão de Supervisão Financeira do Estado e do Escritório de Administração da China.

A instituição pediu também que os bancos atendam requisitos adicionais de taxas de alavancagem, reforcem resistência ao risco e capacidade de absorção de perdas, otimizem a gestão macroprudencial e a supervisão microprudencial.

Todas as medidas objetivam o desenvolvimento estável e saudável dos bancos e a consolidação da estabilidade no setor financeiro para apoiar a economia real, segundo o comunicado.

Entre os 20 bancos domésticos listados, foram identificados seis bancos comerciais estatais, nove bancos comerciais por ações e cinco bancos comerciais municipais. As instituições foram divididas em cinco grupos de acordo com notas de importância, de baixa a alta.

O reforço na supervisão das instituições ocorre em meio a problemas no setor imobiliário da China, que pressionam a recuperação econômica do país e levantam preocupações sobre contágio do sistema financeiro.

Contudo, o Nomura analisa em relatório que o “pior para os bancos” ficou para trás, projetando que as instituições devem receber apoio do relaxamento para compras de moradia e do próprio anúncio do BC reforçando aos bancos a necessidade de manter capital adicional.

Com informações do Broadcast/Estadão.

Evergrande diz que reavalia termos de acordo de reestruturação

A incorporadora de imóveis chinesa Evergrande Group informou em comunicado emitido nesta sexta-feira (22) que está reavaliando os termos da proposta de reestruturação da sua dívida. A gigante asiática disse que, baseando-se em sua atual situação e em consultas com consultores e credores, é necessário reavaliar o quadro, a fim de atender à situação objetiva da empresa e da demanda dos credores.

A companhia afirma ainda que fará mais um anúncio sobre o tema, quando houver uma atualização com respeito à emenda dos termos da proposta de reestruturação, e que os detentores dos títulos e potenciais investidores da empresa devem ter “cautela” em suas operações.

A Evergrande informou que, desde o anúncio anterior de 22 de março com relação aos termos da proposta de reestruturação da dívida offshore, suas vendas não se comportaram conforme esperado, por isso a necessidade de voltar a avaliar o quadro.