
O banco suíço UBS divulgou nessa quarta-feira (18) o Relatório Global de Riqueza 2025. Segundo o levantamento, o Brasil é o país América Latina com mais milionários; na lista global, o país ocupa o 19º lugar, único no Top 20. Apesar do resultado, desigualdade também apresentou um índice elevado.
A lista aponta que o Brasil tem cerca de 432.815 mil milionários. Em 2024 o país teve um crescimento de 1,6% em relação a 2023. O ritmo de crescimento foi menor que outros países emergentes, como Índia, crescimento de 4,4%; e Rússia, crescimento de 4,9%. Na América Latina, apenas o Uruguai registrou um crescimento expressivo, de 2,2%, disse a Istoé Dinheiro.
Apesar do crescimento no número de milionários, o Brasil também é o país mais desigual do mundo. Na lista do coeficiente de Gini, o Brasil aparece no topo, com 0,82 de desigualdade. Na América Latina, México (0,72), Chile (0,71) e Colômbia (0,74), também apresentaram índices elevados. No coeficiente de Gini, quanto mais próximo o número esta de 1, maior é a desigualdade.
O relatório leva em consideração o patrimônio líquido de cada pessoa, somando ativos financeiros e imóveis e subtraindo as dívidas. O valor é medido em dólares.
Dados fora da América Latina
O ano de 2024 representou uma volta do crescimento da riqueza no mundo, processo de recuperação iniciado em 2023. A alta registrada foi de 4,6%, 0,4% a mais que em 2023.
Globalmente, 684 mil pessoas alcançaram o patamar de milionário em 2024, crescimento de 1,2% em comparação com o ano anterior. O avanço foi desigual entre as regiões analisadas pelo UBS. As américas, principalmente a do Norte, foram responsáveis pela maior “criação” de milionários, com um crescimento de 11%. O aumento foi impulsionado pela estabilidade do dólar e pelo bom desempenho dos mercados financeiros, disse o ICL Notícias.
Falando em dólar, nos EUA, o líder da lista global, mais de 379.000 de pessoas se tornaram milionárias em 2024, mais de 1.000 por dia. O país responde por 40% dos milionários globais no ano de 2024.
Líder no número pessoas com patrimônio líquido de US$100.000 a US$ 1 milhão, a Grande China – composta por China Continental, Hong Kong e Taiwan – representa 28,2% do total. Europa Ocidental ficou em 3º lugar (25,4%). América do Norte corresponde a 20,9%.
A maior parte das pessoas do mundo está abaixo do limite de US$100.000 a US$ 1 milhão. Na amostra do UBS, mais de 80% dos adultos não tinha patrimônio líquido dentro dessa faixa. No geral, apenas 1,6% registrou patrimônio líquido acima de U$ 1 milhão.
O UBS projeta que a riqueza média por adulto irá aumentar, liderada pelos EUA e, em menor escala, pela Grande China.
Confira o Top 25
- Estados Unidos – 23,8 milhões
- China Continental – 6,3 milhões
- França – 2,9 milhões
- Japão – 2,7 milhões
- Alemanha – 2,7 milhões
- Reino Unido – 2,6 milhões
- Canadá – 2,1 milhões
- Austrália – 1,9 milhões
- Itália – 1,3 milhões
- Coreia do Sul – 1,3 milhões
- Holanda – 1,3 milhões
- Espanha – 1,2 milhões
- Suíça – 1,1 milhões
- Índia – 917 mil
- Taiwan – 759 mil
- Hong Kong (RAE) – 647 mil
- Bélgica – 549 mil
- Suécia – 490 mil
- Brasil – 433 mil
- Rússia – 426 mil
- México – 399 mil
- Dinamarca – 376 mil
- Noruega – 348 mil
- Arábia Saudita – 339 mil
- Singapura – 331 mil