Por enquanto

Brasil fica de fora da exigência de caução para visto dos EUA

Apenas os cidadãos de Zâmbia e do Malaui precisarão pagar o montante para entrar nos EUA.

Passaporte brasileiro. (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Passaporte brasileiro. (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

O Brasil não está na lista de países que irão participar do programa-piloto que exige o pagamento de um caução de até US$ 15 mil (cerca de R$ 82 mil) para a emissão de vistos de negócios e turismo nos EUA.

Segundo a lista divulgada pelo Departamento de Estado nesta terça-feira (5), apenas os cidadãos de Zâmbia e do Malaui precisarão pagar o montante para obter os vistos B-1 (negócios temporários) e B-2 (turismo, lazer e tratamento médico), disse o MoneyTimes.

A gestão Donald Trump informou que a lista ainda pode ser expandida, mas não há indicações de que o Brasil fará parte dela até o momento.

Visto para negócios nos EUA pode valer R$ 82 mil; entenda

O governo dos EUA lançará no dia 20 de agosto (uma quarta-feira) um programa-piloto que pode obrigar solicitantes de visto de negócios e turismo a pagar cauções de até US$ 15 mil (R$ 82 mil). Informações da Reuters, via InfoMoney.

O aviso publicado nesta segunda-feira (4) no diário oficial americano. A medida visa conter o número de visitantes que permanecem no país após o vencimento do visto.

Segundo o documento, os oficiais consulares terão poder de escolha para aplicar a exigência a cidadãos de países com altas taxas de permanência irregular ou onde o processo de triagem e verificação de informações seja considerado insuficiente. Os valores possíveis serão de US$ 5 mil, US$ 10 mil ou US$ 15 mil, com a expectativa de que o patamar mínimo adotado seja de US$ 10 mil.

A medida faz parte das políticas imigratórias endurecidas pelo presidente Donald Trump, que já havia imposto, em junho, um veto total ou parcial na entrada de cidadãos de 19 países por razões de segurança nacional.

Entre os países com maiores índices de permanência irregular estão Chade, Eritreia, Haiti, Mianmar e Iêmen, além de nações africanas como Burundi, Djibouti e Togo, segundo dados da Agência de Alfândega e Proteção de Fronteiras (CBP) referentes ao ano fiscal de 2023.

O Departamento de Estado não informou a quantidade estimada de solicitantes que poderão ser afetados. Desde a adoção de medidas mais restritivas, como o veto de viagens, houve recuo na procura pelo destino norte-americano: tarifas aéreas transatlânticas voltaram a níveis pré-pandemia e o fluxo de visitantes do Canadá e do México caiu 20% em relação ao ano anterior.

Um programa semelhante foi anunciado em novembro de 2020, no final do primeiro mandato de Trump, mas não chegou a ser totalmente implementado devido à queda no turismo global causada pela pandemia de Covid-19.