Após retaliação de 125%

China afirma que 'vai ignorar' novo aumento de tarifas dos EUA

Em comunicado oficial o governo chinês, Pequim declarou que novos aumentos tarifários por parte dos EUA simplesmente serão "ignorados"

Presidente da China, Xi Jinping (Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil)
Presidente da China, Xi Jinping (Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil)

Após retaliar os EUA com um aumento de 125% nas tarifas sobre produtos americanos, a China afirmou nesta sexta-feira (11) que não dará mais resposta a futuras medidas similares de Washington.

Em comunicado oficial emitido pela Comissão Tarifária do governo chinês, por meio do Ministério das Finanças, Pequim declarou que novos aumentos tarifários por parte dos EUA simplesmente serão “ignorados”.

A justificativa, segundo o governo chinês, é que as atuais tarifas já tornaram inviável a entrada de produtos norte-americanos no mercado local.

“Levando em consideração que neste nível de tarifas os produtos americanos exportados para a China já não têm mais nenhuma chance de serem aceitos no mercado local, se Washington continuar aumentando suas tarifas, a China vai ignorar”, afirma o texto.

Além disso, a imprensa estatal informou que a China pretende levar o caso à Organização Mundial do Comércio (OMC), em protesto formal contra as tarifas recentemente implementadas pela administração Trump.

Xi Jinping pede aliança com UE contra pressões unilaterais dos EUA

Em meio à intensificação da guerra comercial liderada pelos EUA, o presidente da China, Xi Jinping, defendeu nesta sexta-feira (11) uma aliança estratégica com a União Europeia para enfrentar o que chamou de “intimidação”.

O apelo foi feito durante um encontro em Pequim com o primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, conforme reportado pela agência estatal Xinhua.

O líder chinês ressaltou a importância de uma resposta coordenada entre grandes potências econômicas diante das políticas tarifárias adotadas pelo governo Trump.

“China e a UE devem assumir suas responsabilidades internacionais, proteger juntas a globalização econômica (…) e resistir juntas a qualquer assédio unilateral”, afirmou Xi.

Segundo o presidente, essa união serviria não apenas para salvaguardar os próprios interesses da China e da Europa, mas também para manter os princípios da ordem internacional. Isto não apenas “protegeria seus direitos e interesses legítimos, mas também (…) protegeria a justiça e a equidade internacional”.