Com metade dos reatores em construção

China pode superar capacidade nuclear dos EUA até 2030

O país está construindo 29 reatores com capacidade de geração de 71 gigawatts. No mundo, estão sendo construídas 63 estruturas do tipo

China
Foto: Pexels/bandeira da China

A China deve superar a capacidade nuclear dos EUA e da UE (União Europeia) até 2030, avaliou a AIE (Agência Internacional de Energia), baseando-se no fato de que quase metade de todos os reatores nucleares em construção no mundo está no país asiático.

A China está construindo 29 reatores com capacidade de geração de 71 gigawatts. No mundo, estão sendo construídas 63 estruturas do tipo. Os níveis de geração de energia nuclear globais devem atingir um recorde neste ano, com 420 reatores em operação, afirmou relatório da AIE. Desses, 70% estão em economias avançadas.

A idade média dos reatores nestas economias é de 36 anos, o dobro da idade daqueles localizados em mercado emergentes e países em desenvolvimento. A maior parte das estruturas mais velhas vai precisar ser desativada nos próximos dez anos ou renovada para estender sua vida útil entre dez e 20 anos, destacou a agência.

Idade média de reatores da China é muito menor

Também nessas economias avançadas, a participação da energia nuclear na geração total caiu para 17% em 2023, em relação ao recorde de 2001, com 24%. De acordo com o diretor-executivo da AIE, Fatih Birol, a indústria nuclear nessas economias enfrenta incertezas políticas e não apresenta um bom desempenho.

Enquanto isso, a idade média dos reatores da China é de 9 anos. Em 2017, o país e a Rússia foram responsáveis pelo início da construção de 48 dos 52 reatores que foram iniciados em todo o mundo naquele ano. Somente a Rússia produz 40% do urânio enriquecido (usado como combustível para usinas nucleares) do mundo.

Em novembro, o país também impôs restrições temporárias à exportação da matéria-prima para os EUA.

“Mercados altamente concentrados para tecnologias nucleares, bem como para a produção e o enriquecimento de urânio, representam um fator de risco para o futuro e destacam a necessidade de maior diversidade nas cadeias de suprimentos”, afirmou o relatório da AIE.

Acesse a versão completa
Sair da versão mobile