![Presidente dos EUA, Donald Trump e presidente da China, Xi Jinping, em Osaka em 2019 (foto da Casa Branca)
Presidente dos EUA, Donald Trump e presidente da China, Xi Jinping, em Osaka em 2019 (foto da Casa Branca)](https://uploads.bpmoney.com.br/2025/02/tPVMmT9C-48162296741_526044d570_b.webp)
Em retaliação à recente imposição de tarifas de 10% pelo governo Trump sobre todas as exportações chinesas para os EUA, a China anunciou novas tarifas sobre uma série de produtos norte-americanos.
A Comissão de Tarifas Aduaneiras do Conselho de Estado informou, nesta terça-feira (4), que, a partir de 10 de fevereiro, aplicará uma tarifa de 15% sobre o carvão e o gás natural liquefeito dos EUA, além de um adicional de 10% sobre petróleo bruto, maquinário agrícola, caminhonetes e veículos de grande cilindrada.
Medidas adicionais dos EUA e impacto no mercado global
Em comunicado, a comissão chinesa destacou que as novas tarifas são uma resposta direta às medidas dos EUA.
Além disso, o Ministério do Comércio chinês revelou que o país começará, a partir de terça-feira, a implementar controles de exportação sobre produtos contendo tungstênio, telúrio, bismuto, molibdênio e índio.
A China também adicionou várias empresas americanas, incluindo a fabricante de roupas PVH e a empresa de biotecnologia Illumina, a uma lista de entidades consideradas não confiáveis.
Essa série de ações esfriou o otimismo dos mercados, que haviam reagido positivamente ao adiamento das tarifas dos EUA sobre o Canadá e o México.
Como resultado, o yuan offshore se desvalorizou frente ao dólar, os índices de Hong Kong, Japão e Coreia do Sul reduziram seus ganhos, os futuros do petróleo ampliaram suas perdas e o bitcoin registrou uma queda significativa.
A medida tomada pela China para retaliar os EUA acontece um dia antes de uma conversa agendada entre os presidentes Xi Jinping e Donald Trump.
A Casa Branca informou na segunda-feira (3) que os dois líderes discutiriam as tarifas em uma ligação telefônica.
Trump nega ter fechado acordo final sobre tarifa com México
O presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou nesta segunda-feira (3) que ainda não foi fechado um acordo permanente sobre a questão das tarifas com o México. Mais cedo, o republicano confirmou uma pausa de 1 mês nas medidas protecionistas.
Trump reiterou, durante uma entrevista no Salão Oval da Casa Branca nesta segunda, que conversou com a presidente do México, Claudia Sheinbaum, e disse gostar dela. “Temos boa relação”, afirmou, segundo o “Estadão”.
Além disso, o presidente dos EUA ressaltou a pretensão de se envolver nas negociações com os mexicanos, que serão lideradas pelos secretários de Tesouro, Scott Bessent; Comércio, Howard Lutnick; e Estado, Marco Rubio.
A principal demanda é que o país vizinho interrompa a entrada de fentanil e de imigrantes ilegais nos EUA, segundo ele.