Brasília (DF) 01/08/2025 - Ministro Alexandre de Moraes durante sessão de abertura do segundo semestre judiciário no Supremo Tribunal Federal (STF).  Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil
Brasília (DF) 01/08/2025 - Ministro Alexandre de Moraes durante sessão de abertura do segundo semestre judiciário no Supremo Tribunal Federal (STF). Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

O Departamento de Assuntos do Hemisfério Ocidental (Bureau of Western Hemisphere Affairs) publicou nesta segunda-feira (18), através da rede social X, um texto em que chama o ministro do STF, Alexandre de Moraes, de “tóxico” e afirmando que “nenhum tribunal estrangeiro pode anular as sanções impostas pelos EUA ou proteger alguém das severas consequências de descumpri-las”.

O departamento também afirmou que “quem oferecer apoio material a violadores de direitos humanos também pode ser alvo de sanções”.

Mais cedo, Flávio Dino determinou em decisão judicial que cidadãos brasileiros não podem ser afetados em território nacional por leis e decisões estrangeiras tomadas por atos que tenham sido realizados no Brasil.

Apesar de não citar diretamente a situação de Moraes, a decisão indica que o juíz não pode sofrer no Brasil as consequências da penalidade imposta pelos norte-americanos.

“Leis estrangeiras, atos administrativos, ordens executivas e diplomas similares não produzem efeitos em relação a pessoas naturais por atos em território brasileiro; relações jurídicas aqui celebradas; bens aqui situados, depositados, guardados, e empresas que aqui atuem”, escreveu Dino em sua decisão.

Em 30 de Julho, após o avanço na investigação contra o ex-presidente, Jair Bolsonaro, o governo dos EUA impôs contra Moraes a Lei Magnitsky. A decisão bloqueia contas bancárias e trava o acesso do ministro ao sistema financeiro dos Estados Unidos, o que impede que ele acesse eventuais ativos que tenha em território americano. A lei também prevê a proibição de entrada no país e a negociação com empresas e cidadãos americanos.

Mesmo com a sanção, Moraes solicitou ao STF a marcação do julgamento de Bolsonaro, que hoje se encontra em prisão domiciliar.

Leia a tradução completa, publicada, também no X, pela Embaixada EUA no Brasil:

“Alexandre de Moraes é tóxico para todas as empresas legítimas e indivíduos que buscam acesso aos Estados Unidos e seus mercados. Nenhum tribunal estrangeiro pode anular as sanções impostas pelos EUA ou proteger alguém das severas consequências de descumpri-las.

Pessoas e entidades sob jurisdição dos EUA estão proibidas de manter qualquer relação comercial com ele. Já aquelas pessoas e entidades fora da jurisdição americana devem agir com máxima cautela: quem oferecer apoio material a violadores de direitos humanos também pode ser alvo de sanções.”

*Com informações do Money Times