Sobre o "milagre econômico"

Ex-presidente da Argentina para Milei: ‘sacrifício inútil com povo’

Milei, por sua vez, culpa o kichnerismo por deixar o país em ruínas

Javier Milei, Presidente da Argentina (Foto: Fórum Econômico Mundial/Ciaran McCrickard
Javier Milei, Presidente da Argentina (Foto: Fórum Econômico Mundial/Ciaran McCrickard

A ex presidente da Argentina, Cristina Kirchner, acusa o atual chefe de estado Javier Milei de sacrificar o povo em busca do déficit zero, e ele, por sua vez, culpa o kichnerismo por deixar o país em ruínas.

A ex-presidente argentina Cristina Kirchner lançou duras críticas ao atual presidente Javier Milei, acusando-o de submeter o povo a um “sacrifício inútil” em sua busca por um déficit fiscal zero.

“Escutei o presidente [Milei] em rede nacional e decidi vir para cá para refletir sobre este momento particular que a Argentina vive, sobre o projeto anarco-capitalista e o sacrifício inútil ao qual nosso povo está sendo submetido”, criticou.

Essa troca de farpas aconteceu durante um ato multitudinário em Quilmes, nos arredores de Buenos Aires, onde Kirchner inaugurou um estádio em homenagem ao seu falecido marido, o ex-presidente Néstor Kirchner.

Milei, por sua vez, respondeu responsabilizando o kichnerismo pelo estado “destruído” do país, destacando o primeiro trimestre com superávit financeiro desde 2008 como uma “façanha histórica”.

Milei anuncia 3º superávit mensal seguido em março

O presidente da Argentina, Javier Milei, comunicou na segunda-feira (22), em aparição na TV, que o governo registrou o seu terceiro superávit seguido no mês de março.

De acordo com Milei, o excedente fiscal financeiro foi de cerca de 275 bilhões de pesos no mês anterior. No primeiro trimestre do ano, o Tesouro atingiu um superávit equivalente a 0,2% do PIB.

Aos argentinos, o presidente pontuou que o “milagre econômico” está acontecendo e que se deve, em grande medida, ao drástico corte de despesas – o que chamou de “motosserra” durante o período eleitoral.

O presidente classificou o resultado como “um esforço heroico” por parte da sociedade e disse que “estamos no meio do caminho”. “Pela primeira vez em muito tempo, o esforço vai valer a pena”, disse.

No final, o presidente observou que “se o Estado não gastar mais do que arrecada e não recorrer à emissão, não há inflação”. E, aludindo a um dos slogans da campanha kirchnerista de 2015, Milei completou: “Não é mágica”.