O gabinete de segurança de Israel ratificou o acordo de cessar fogo em Gaza nesta sexta-feira (17), dando sinal verde para a interrupção das agressões com o Hamas no domingo (19). Vai ser a primeira vez que há uma trégua no conflito em quinze anos, as informações foram apuradas pelo portal Veja.
Ao longo de seis semanas, a suspensão permitirá que dezenas de reféns mantidos na encruzilhada sejam trocados por palestinos detidos es prisões israelenses. A aprovação ocorre após um incomum atraso, gerando rumores de desentendimento e sabotagem no acordo, vindo dos dois lados.
Membros de extrema direita da coalizão do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, também ameaçaram atrapalhar meses de trabalho para encerrar o conflito, falando em deixar o governo caso o texto fosse aprovado.
Próximos passos
O acordo agora precisa passar pelo gabinete de ministros para ratificação final. É a última etapa para garantir que o início da trégua ocorra no domingo, como planejado, com a libertação dos primeiros reféns israelenses e prisioneiros palestinos.
O presidente israelense, Isaac Herzog, comemorou a decisão do gabinete de segurança e disse esperar que o governo faça o mesmo “em breve”. “Este é um passo vital no caminho para manter o compromisso básico que uma nação tem com seus cidadãos”, acrescentou.
O tribunal superior israelense ainda deve ouvir petições contra elementos do acordo, mas é amplamente esperado que a corte não faça mais intervenções.
Hamas diz que aprovou proposta de cessar-fogo em Gaza
O Hamas aprovou acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza e entregou uma resposta aos mediadores, afirmou Basem Naim, um alto funcionário do grupo, à “CNN”. Em declaração anterior, o grupo afirmou que havia consultado grupos aliados para avaliar a proposta.
De acordo com o Hamas, o grupo tratou o assunto com responsabilidade e positividade, considerando as necessidades do povo na Faixa de Gaza e com desejo de acabar com a agressão sionista contra eles.
Se o acordo for implementado, o Hamas vai liberar 33 reféns na primeira fase, apurou a “CNN”. Com isso, centenas de prisioneiros palestinos também seriam liberados por Israel.
As negociações para a segunda fase, com o objetivo de acabar com a guerra, começariam depois do 16º dia do acordo.