As contribuições da indústria de petróleo e gás para a campanha presidencial de Donald Trump nos EUA cresceram em relação a campanhas anteriores.
Contudo, o montante total arrecadado ainda está distante dos US$ 1 bilhão solicitados aos executivos do setor para revogar as normas ambientais, caso seja eleito.
De acordo com o jornal britânico “The Guardian”, Trump recebeu US$ 14,1 milhões desse setor até 31 de agosto, um valor superior ao que obteve nas mesmas fases de suas campanhas em 2016 e 2020. As informações pertencem a reportagem do Valor Econômico.
O suporte de certos líderes da indústria petrolífera tornou-se essencial para a campanha de Trump. Kelcy Warren, bilionário e CEO da operadora de oleodutos Energy Transfer, fez uma doação de quase US$ 6 milhões.
Timothy Dunn, que dirige a CrownQuest, uma empresa de petróleo com sede no Texas, contribuiu com US$ 5 milhões para um Super PAC associado a Trump. Além disso, Harold Hamm, outro bilionário e fundador da Continental Resources, destinou mais US$ 1,2 milhão à campanha.
Mobilização da indústria petrolífera em apoio a Trump
Harold Hamm tem se destacado na busca por apoio da indústria petrolífera para a campanha de Trump, expressando sua crítica às políticas de Joe Biden e Kamala Harris. “Precisamos fazer isso, pois esta é a eleição mais importante de nossas vidas”, afirmou ele.
Com os dados mais recentes, a indústria de petróleo e gás emergiu como a quarta maior fonte de financiamento para a campanha de Trump, segundo uma análise de doações realizada pela OpenSecrets.
Além disso, novos registros da Comissão Eleitoral Federal foram divulgados esta semana. O grupo Climate Power, que defende causas climáticas, destacou que Trump arrecadou mais US$ 5 milhões de Kelcy Warren, da Energy Transfer, em setembro, além de US$ 400 mil de Vicki Hollub, CEO da Occidental Petroleum, e outros US$ 400 mil de Jeff e Melinda Hildebrand, da Hilcorp.
Em um jantar realizado em abril no clube Mar-a-Lago, Trump solicitou US$ 1 bilhão a mais de 20 executivos de empresas como Chevron, Exxon e Occidental, prometendo, se eleito, eliminar barreiras à perfuração, revogar a suspensão das exportações de gás e reverter novas regulamentações destinadas a diminuir a poluição automotiva.