Pressão militar aumenta

Israel fecha acesso a Gaza e dá ultimato à população

A ação impede o retorno de civis que haviam deixado a região em busca de abrigo ou suprimentos.

Foto: RS/Fotos Públicas
Foto: RS/Fotos Públicas

As forças israelenses intensificaram o cerco à Cidade de Gaza ao bloquear a principal via de acesso ao local nesta quinta-feira (2), usando tanques para erguer barreiras de areia. As informações foram relatadas por moradores à Reuters.

A ação impede o retorno de civis que haviam deixado a região em busca de abrigo ou suprimentos.

Enquanto isso, o ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, declarou que esta seria “a última chance” para os milhares de civis ainda presos na cidade conseguirem escapar.

O governo israelense já havia ordenado que aproximadamente um milhão de pessoas evacuassem a área e seguissem em direção ao sul. O comando fazia parte da preparação para uma das maiores ofensivas militares desde o início da guerra.

Israel afirma que pretende eliminar as forças do Hamas que, segundo o país, ainda resistem em seus “últimos bastiões” dentro da maior zona urbana da Faixa de Gaza.

Apesar de alguns civis ainda estarem sendo autorizados a deixar a cidade, aqueles que saíram temporariamente — para buscar comida ou proteção — agora são impedidos de retornar.

“Esta é a última oportunidade para os moradores de Gaza que desejam ir para o sul e deixar os agentes do Hamas isolados na própria Cidade de Gaza diante das contínuas operações”, disse Katz em comunicado, referindo-se às Forças de Defesa de Israel.

Israel amplia domínio no Corredor Netzarim

Em meio ao avanço das operações em Gaza, os militares israelenses anunciaram nesta quarta-feira o início de uma nova fase: o reforço da presença e do “controle operacional do Corredor Netzarim” — uma faixa estratégica sob domínio de Israel que separa o norte do sul do território.

O ministro da Defesa, Israel Katz, afirmou que qualquer pessoa que decidisse deixar a região passaria obrigatoriamente por procedimentos de inspeção militar.

“Aqueles que saíssem seriam submetidos à verificação militar”, declarou.