A ação judicial para impedir os sorteios de US$ 1 milhão prometidos por Elon Musk a eleitores não terá andamento imediato, conforme decisão de um juiz do Estado da Pensilvânia divulgada nesta quinta-feira (31).
O juiz Angelo Foglietta disse, em uma audiência na Pensilvânia, que colocaria o processo em espera enquanto um tribunal federal considera se deve assumir o caso.
Musk tenta mover o processo e isso o deixa livre para seguir com os sorteios, pois o assunto provavelmente não será resolvido até depois da eleição de terça-feira, segundo o “InfoMoney”.
A intenção do empresário bilionário é apoiar a campanha do candidato republicado à Presidência dos EUA, Donald Trump. Ele foi intimado a comparecer à audiência, mas não compareceu.
A disputa está acirrada entre Trump e Kamala Harris e o promotor distrital da Filadélfia, Larry Krasner, está tentando impedir os sorteios a menos de uma semana antes da eleição.
Krasner fez acusações contra Musk e seu comitê de ação política America PAC por criar um “esquema de loteria ilegal para influenciar os eleitores”.
Os cheques de US$ 1 milhão estão sendo dados a pessoas selecionadas aleatórias que assinam uma petição prometendo apoio à liberdade de expressão e aos direitos das armas.
Elon Musk mantém contato regular com Putin há dois anos
Elon Musk, bilionário que se tornou peça central na campanha eleitoral de Donald Trump este ano, tem mantido contato regular com Vladimir Putin, presidente da Rússia, nos últimos dois anos, segundo apuração do jornal “Wall Street Journal”.
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Musk e Putin vinham conversando sobre diversos assuntos, incluindo questões pessoais e geopolíticas, de acordo com a reportagem, que indicou autoridades dos EUA, Europa e Rússia como fontes que confirmaram a informação.
Entre as conversas, teria havido um pedido de Putin a Musk para que não ativasse o serviço de internet via satélite Starlink em Taiwan. Um gesto interpretado como um favor a Xi Jinping, líder chinês e aliado do presidente russo.
Pelo fato da SpaceX, outra das empresas de Musk, lançar satélites de segurança dos EUA, os contatos entre Musk e Putin podem ser um escândalo para a segurança nacional nos EUA.
Em paralelo a isso, a Starlink tem um sistema de comunicações via satélite que é crítico para a guerra na Ucrânia. Além disso, na equação do escândalo também entra o fato de Musk ser o dono de uma das maiores redes sociais do mundo, o X. Na Rússia, o aplicativo é utilizado nas campanhas de desinformação, segundo o “Valor”.
As eleições presidenciais dos EUA ocorrerão no dia 5 de novembro e Musk tem atuado ativamente na campanha de Trump. O bilionário investiu seu próprio dinheiro na campanha e fez várias aparições pessoais em comícios.
O candidato à presidência até sugeriu que o empresário assumisse uma comissão governamental, caso vença.
Conforme a reportagem do “Wall Street Journal”, os contatos de Musk com Putin eram um segredo muito bem guardado, ao ponto de nem mesmo as autoridades da Casa Branca de Joe Biden saberem.
