A corrida eleitoral nos EUA segue aquecida, com a vice-presidente Kamala Harris com uma vantagem pequena sobre o rival republicano Donald Trump em Michigan e Wisconsin. No entanto, no estado da Pensilvânia ambos estão empatados nas intenções de voto a menos de uma semana antes da eleição de 5 de novembro, conforme apuração da “CNN” desta quarta-feira (30).
A candidata democrata segue à frente de Trump por 48% a 43% entre os prováveis eleitores em Michigan, enquanto no Wisconsin a vantagem é de 51% a 45% em Wisconsin, dois dos três Estados decisivos para a eleição.
Em 2020 esses locais receberam o apelido de “muro azul”, pois ajudaram o presidente norte-americano, Joe Biden, a derrotar Trump nas urnas.
A pesquisa indicou que na Pensilvânia, Kamala e Trump estão empatados em 48%. O estado é um dos maiores “prêmios” da corrida eleitoral devido a seus 19 votos eleitorais.
As entrevistas foram realizadas de 23 a 28 de outubro, online e por telefone, com 726 prováveis eleitores em Michigan, 819 na Pensilvânia e 736 em Wisconsin, segundo o veículo. A margem de erro é de 5 pontos percentuais.
Brasil pode ver dólar forte com Trump e maior fluxo com Kamala, diz XP
Em um cenário de vitória do republicano Donald Trump nas eleições norte-americanas, a XP espera que o dólar se fortaleça globalmente, incluindo no Brasil, com impacto inflacionário nos EUA e pressão sobre o câmbio e os juros no país.
Por outro lado, um eventual governo da democrata Kamala Harris, com aperto regulatório e política fiscal expansionista, poderia enfraquecer a divisa norte-americana, gerando “potencial de fluxos saindo dos EUA e migrando para ações globais e mercados emergentes”, segundo analistas da XP, conforme reportado pelo “Valor”.
Com Trump, a XP acredita que o Brasil pode se beneficiar de uma possível elevação na demanda por commodities em meio a tensões entre EUA e China. No entanto, uma tarifa global de 10% sobre importações poderia impactar negativamente as exportações de petróleo bruto, café e aço semiacabado do Brasil para os EUA. Em contraste, uma tarifa de 60% sobre importações chinesas teria impacto limitado para produtores de aço e mineradores brasileiros.
A XP também prevê maior volatilidade com Trump, devido a novas tarifas e sanções, além de uma possível queda no preço do petróleo. Esse cenário, segundo a casa, traria um dólar mais forte e uma inflação mais elevada nos EUA.
“O dólar forte contribuiria para uma deterioração da taxa de câmbio, gerando pressões inflacionárias domésticas e elevando as taxas locais”, afirmaram os analistas.