Balanço trimestral

Kraft Heinz tem 1º trimestre frustrante e ações caem em NY

A empresa de alimentos registrou uma diminuição no lucro líquido de,US$ 801 milhões, o equivalente a US$ 0,66 por ação)

Foto/Divulgação
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A Kraft Heinz, a empresa de alimentos, responsável pelos molhos Heinz, registrou uma diminuição no lucro líquido, totalizando em US$ 801 milhões, o equivalente a US$ 0,66 por ação, dutante o período de janeiro a março.

A queda da companhia é referente ao mesmo período do ano anterior, quando foi registrado US$ 836 milhões (US$ 0,68 por ação). Ao desconsiderar itens não recorrentes, o lucro ajustado por ação de US$ 0,69 ficou em linha com as estimativas do FactSet. 

A divulgação dos resultados do primeiro trimestre da Kraft Heinz revelaram vendas abaixo das expectativas, devido a quedas no volume que compensaram os aumentos nos preços. 

Com isso, as ações da Kraft Heinz apresentaram uma redução de 4,53% durante as negociações antes da abertura do mercado nesta quarta-feira (1º), na bolsas de Nova York, sendo cotadas a US$ 36,86. 

As vendas no primeiro trimestre caíram 1,2%, totalizando US$ 6,41 bilhões, um resultado ligeiramente abaixo do consenso do FactSet de US$ 6,42 bilhões, devido a uma queda de 3,2 pontos percentuais no volume e mix, enquanto os preços aumentaram em 2,7 pontos percentuais. 

Para o ano de 2024, a empresa manteve a projeção do lucro por ação ajustado na faixa de US$ 3,01 a US$ 3,07. Desde o início do ano, as ações da Kraft Heinz subiram 4,4%, enquanto o índice S&P 500 aumentou 5,6%.

Fim de uma era: 3G zera Kraft Heinz nove anos depois

A 3G Capital, gestora de private equity fundada por Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira, encerrou sua posição na Kraft Heinz após nove anos como acionista de referência da empresa de alimentos.

Durante o quarto trimestre do ano passado, a 3G vendeu os 16,1% que possuía na Kraft Heinz, conforme informações da CNBC confirmadas pela própria companhia.

Essa decisão marca o fim de um ciclo iniciado há quase nove anos, quando a 3G foi fundamental na fusão entre a Kraft Foods e a Heinz, com o suporte e a presença acionária do investidor Warren Buffett.

Após conduzir a aprovação dessa fusão, a 3G assumiu a gestão da Kraft Heinz, introduzindo sua cultura focada em redução de custos, eficiência operacional e metas ambiciosas de desempenho, características já aplicadas em empresas brasileiras como a Ambev e instituições financeiras como o Banco Garantia.

Nos últimos anos, a influência da 3G na Kraft Heinz diminuiu gradualmente, culminando em julho de 2022, quando não havia mais representantes da 3G no conselho de administração da empresa.