
O bilionário Elon Musk, atualmente membro do governo Trupm ao liderar o DOGE (sigla em inglês que significa Departamento de Eficiência Governamental) se manifestou e manifestou a favor da retirada dos EUA da OTAN, afirmando, em sua conta no X (antigo Twitter), que “não faz sentido para a América pagar pela defesa da Europa”.
A declaração ocorreu após Musk responder a um post feito no X, no início do domingo, que sugeria que os EUA deveriam “sair da OTAN agora!”. “Devemos mesmo”, afirmou o cofundador e CEO da Tesla.
Segundo uma legislação de 2023, apesar do desejo de Musk, o presidente não tem a autoridade para se retirar da aliança de forma unilateral, sendo necessário o apoio de uma supermaioria de dois terços no Senado ou a aprovação de um ato do Congresso.
Fala de Musk surge em meio a debate sobre futuro da aliança
Em 3 de março, Elon Musk expressou no X sua concordância com a sugestão de um comentarista conservador, defendendo que os EUA deveriam se retirar tanto da OTAN quanto das Nações Unidas.
Esse posicionamento de Musk surge em um momento decisivo para o futuro da OTAN, que completará 76 anos em abril.
Em 6 de março, a NBC informou que Donald Trump havia discutido com seus assessores a possibilidade de reavaliar o envolvimento dos EUA na aliança, priorizando os países que destinam uma parte significativa de seu PIB para a defesa.
Na mesma data, Trump afirmou a jornalistas que havia comunicado aos aliados da OTAN que, caso não paguem suas contribuições, ele não defenderá mais esses países.
“É senso comum, certo?”, disse Trump a repórteres no Salão Oval. “Se eles não pagarem, eu não vou defendê-los. Não, eu não vou defendê-los.”
Dentro da OTAN, a Europa, que reduziu consideravelmente seu poder militar após o fim da Guerra Fria, depende da ajuda dos EUA em áreas como comunicações, inteligência, logística e liderança estratégica, além de contar com o poder militar americano.
Na última semana, líderes da União Europeia se reuniram em Bruxelas para uma cúpula de emergência, com o objetivo de ampliar substancialmente os investimentos em defesa.
Durante o encontro, foi debatida uma proposta da Comissão Europeia que prevê até € 150 bilhões (US$ 162,5 bilhões) em empréstimos para os países membros, destinados à área de defesa.
Além disso, foram discutidos planos para permitir que as nações utilizem seus próprios orçamentos nacionais, com a possibilidade de gastar até € 650 bilhões em defesa ao longo de quatro anos, sem que isso resulte em penalidades orçamentárias.