
O shutdown mais longo da história dos EUA já começa a ter reflexos além das fronteiras do país. Na Europa, trabalhadores locais em bases militares americanas deixaram de receber salários desde o início da paralisação, há quase seis semanas.
Em alguns casos, governos que hospedam as bases, como Alemanha e Reino Unido, intervieram para bancar temporariamente os custos, na expectativa de que Washington reembolse os valores futuramente.
Em outros, como na Itália e em Portugal, funcionários continuam trabalhando sem pagamento enquanto o impasse político persiste.
Os empregos nas bases variam de serviços de alimentação, construção e logística a funções técnicas e de manutenção, essenciais para o funcionamento das unidades americanas no exterior.
Shutdown dos EUA é o mais longo da história; como fica Wall Street?
O shutdown do governo dos EUA chegou ao seu 36º dia nesta quarta-feira (5), tornando-se o mais longo da história do país. Nesse cenário, a principal dúvida é se os mercados — que, no início, não sentiram os impactos da paralisação com tanta intensidade — passaram a mudar sua percepção à medida que os dias avançam sem qualquer sinal de acordo para reabrir o Congresso.
Com agências federais paralisadas, investidores e autoridades monetárias estão sem acesso a dados essenciais para avaliar a saúde da economia. O Fed (Federal Reserve), por exemplo, já realizou uma reunião de política monetária sem os indicadores tradicionais de emprego e inflação.