A Toyota planeja fabricar 2,5 milhões de veículos por ano na China até 2030, disseram três fontes à “Reuters”. Isso representa uma mudança de estratégia da empresa, que vai na contramão de outras montadoras, que têm diminuído a produção no país asiático.
Devido à competição com montadoras chinesas, a Mitsubishi Motors Corp já saiu da China e a Honda Motor e Nissan diminuíram a produção no país.
A intenção é aproximar a produção e as vendas da Toyota na China e dar mais liberdade de desenvolvimento de produtos a executivos locais, numa tentativa de recuperar uma fatia do mercado tomada pela BYD e outras montadoras chinesas.
A empresa quer transferir grande parte do desenvolvimento de produtos aos funcionários na China porque eles conhecem melhor as preferências da população do país, principalmente em relação a tecnologias de veículos eletrificados e conectados.
Se a Toyota não correr para se desenvolver no país “será muito tarde”, disse uma das fontes à “Reuters”.
Até 2035, o plano é aumentar para até 3 milhões o número de veículos produzidos na China. A quantidade é 63% maior que o recorde de veículos já produzidos anualmente no país, alcançado em 2022, com 1,84 milhão de carros fabricados. Em 2023, a companhia produziu 1,75 milhão de automóveis na China.
Ainda não há uma meta formal estabelecida, disseram as fontes à “Reuters”, mas a companhia já revelou suas intenções a fornecedores, para garantir suprimentos.
Toyota busca alternativas frente à competição com chinesas
“Com a intensa competição no mercado chinês, estamos sempre avaliando várias iniciativas”, disse a Toyota, em comunicado enviado à “Reuters”. A empresa informou que continuará trabalhando para fazer “carros sempre melhores” para o mercado da China.
Em 2023, a Toyota revelou planos de aumentar a cooperação com suas duas joint ventures na China e seu centro de pesquisa e desenvolvimento na província de Jiangsu. Os carros que estão sendo desenvolvidos localmente pelas parceiras têm vendido melhor que os produzidos pela Toyota.
O lucro operacional da companhia na China caiu na primeira metade do ano fiscal, com os custos de marketing e a competição com montadoras locais.