Rede é avaliada em US$ 14 bi

Trump assina decreto que abre margem para venda do TikTok

Presidente dos EUA adiou a aplicação da lei que proíbe o aplicativo a menos que proprietários chineses o vendam até dia 16 de dezembro

Foto: Reprodução/ Redes Sociais
Foto: Reprodução/ Redes Sociais

O presidente dos EUA, Donald Trump, assinou um decreto na última quinta-feira (25) declarando que seu plano de vender as operações da plataforma de vídeos curtos, TikTok, nos EUA para investidores norte-americanos e globais atenderá aos requisitos de uma lei de 2024.

A nova empresa dos EUA será avaliada em US$ 14 bilhões, segundo o vice-presidente dos EUA, JD Vance. Porém, a Casa Branca não discutiu como chegou no montante bilionário.

Trump acabou adiando a aplicação da lei que proíbe o aplicativo a menos que seus proprietários chineses o vendam até o dia 16 de dezembro, em meio a esforços para extrair os ativos do aplicativo nos EUA, alinhar investidores norte-americanos e de outros países e conseguir o aval do governo chinês.

Trump declarou que o acordo, uma vez concluído, protegeria os dados dos usuários americanos, com a Oracle Corp. ajudando a garantir o algoritmo na versão americana da plataforma. Além disso, o presidente republicano reiterou que havia obtido a aprovação de Xi Jinping, presidente da China, para o acordo.

“Tive uma conversa muito boa com o presidente Xi”, disse Trump a repórteres no Salão Oval da Casa Branca. “Falamos sobre o TikTok e outras coisas, mas falamos sobre o TikTok e ele nos deu o aval.”

Mesmo com os esforços de Trump, a transação segue coberta de incertezas, pois a China ainda não informou publicamente sobre a tal aprovação. 

Um parecer do Ministério das Relações Exteriores da China na última semana, após a ligação entre Trump e Xi, não afirmou que a aprovação de Pequim havia sido concedida e, em vez disso, insistiu que qualquer acordo sobre a plataforma deve obedecer às leis aplicáveis chinesas.

A composição do grupo de compradores ainda não foi oficializada, mas a Oracle, a  Silver Lake e a MGX, empresa de investimentos com sede em Abu Dhabi, estão negociando para investir em uma versão americana do TikTok e receber assentos no conselho da nova empresa.

A ByteDance, proprietária chinesa do TikTok, deteria menos de 20% da TikTokUS para cumprir os requisitos estabelecidos na lei de 2024, que ordenou seu fechamento até janeiro de 2025, caso seus ativos nos EUA não fossem vendidos pela ByteDance.