O ex-presidente Donald Trump “recorreu a crimes” para tentar se manter no poder após perder a eleição de 2020, afirmaram promotores federais em um documento judicial recém-divulgado.
O documento em questão foi divulgado na quarta-feira (2) e mostrou argumentos de que Trump não tem direito à imunidade contra a acusação.
A equipe do conselheiro especial Jack Smith elaborou o documento após uma decisão da Suprema Corte que conferiu ampla imunidade a ex-presidentes e restringiu o objetivo da acusação.
Em paralelo a isso, a equipe jurídica de Trump tem aderido a uma estratégia de adiamento em todos os processos que ele enfrenta, segundo o “InfoMoney”.
O documento de 165 páginas pode ser a última chance para os promotores detalharem sua acusação contra Trump antes da eleição de 5 de novembro.
Os promotores apresentaram novos detalhes no documento de 165 página, que pode ser sua última chance de detalhar as acusações contra Trump. Ele inclui também a alegação de que um funcionário da Casa Branca ouviu Trump dizer a familiares que não importava se ele ganhasse ou perdesse a eleição, segundo o veículo.
O candidato à presidência nas eleições deste ano se declarou inocente de quatro acusações criminais. Nelas constam a acusação contra Trump por conspiração para obstruir a certificação da eleição no Congresso, fraudar os EUA em resultados precisos e interferir nos direitos de voto dos americanos.
Os promotores divulgaram as novas evidências na tentativa de argumentar que as alegações contra Trump sobrevivem à decisão da Suprema Corte dos EUA sobre os ex-presidentes terem ampla imunidade ante processos criminais por ações decididas oficialmente enquanto seus mantados presidenciais.
Além disso, segundo os promotores o documento apresentará novas provas, como transcrições de entrevistas com testemunhas e depoimentos. Até que ocorra o julgamento, a maior parte desse material não será tornada pública.
Trump está numericamente a frente em três Estados-chave nos EUA
Donald Trump, ex-presidente dos EUA que está concorrendo à eleição presidencial deste ano, está liderando numericamente nos Estados-chave do Arizona, Geórgia e na Carolina do Norte, segundo a última pesquisa do The New York Times e do Siena College, divulgada nesta segunda-feira (23).
Os resultados das pesquisas, que foram realizadas entre os 17 e 21 de setembro, mostraram que Trump tem uma vantagem de 50% contra 45% de Kamala no Arizona.
Já na Georgia, o ex-presidente continua a frente com 49% dos votos contra 45% da candidata democrata. Na eleição presidencial de 2020, Trump perdeu para Joe Biden nesses dois Estados, de acordo com o “Valor”.
Enquanto isso, no terceiro Estado, a Carolina do Norte, que não elege um presidente democrata desde 2008, Kamala está atrás de Trump por uma margem estreita, de 47% dos votos contra 49%.
O Arizona se tornou um desafio para os democratas por conta de uma alteração no cenário, pois Kamala liderava por 5 pontos percentuais em uma pesquisa feita em agosto.
Segundo o “New York Times”, seguindo as indicações de que os EUA estão fortemente divididos, a disputa presidencial se molda para ser uma das mais acirradas da história.
A preocupação dos eleitores dessa região é com o futuro pessoal e do país, o que sugere, segundo o veículo de notícias, que a retórica de Trump — “Nosso país está se perdendo, somos uma nação em decadência”, como ele afirmou em debate — pode estar ressoando com alguns eleitores.
Os indecisos no Arizona, Georgia e Carolina do Norte chegam a cerca de 15% do eleitorado, deixando aberta a possibilidade de mudança de opinião.