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Zuckerberg diz que empresas precisam de 'energia masculina'

Para o executivo, é interessante que empresas "celebrem um pouco mais a agressividade"

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O CEO da Meta (M1T34), Mark Zuckerberg, afirmou que o avanço de empresas “culturalmente neutras” causou um distanciamento da “energia masculina”. Para ele, é positivo que companhias “celebrem um pouco mais a agressividade“, como afirmou em entrevista ao podcast Joe Rogan publicada nesta sexta-feira (10).

“Acho que a energia masculina é boa e, obviamente, a sociedade tem bastante disso, mas acho que a cultura corporativa estava realmente tentando fugir dela”, afirmou o executivo.

Mesmo com um histórico de ter iniciado a carreira avaliando a beleza das mulheres de Harvard, Zuckerberg afirmou no podcast que deseja o sucesso feminino nas empresas, acrescentando que tem três irmãs e três filhas.

Na última semana, a Meta anunciou um afrouxamento das políticas de moderação de conteúdo no Instagram e Facebook, determinando o fim de seu programa de checagem de fatos por organizações especializadas nos EUA.

Além disso, a empresa suspendeu, na sexta-feira (10), uma parte de suas políticas para a formação de uma força de trabalho mais diversa.

Lula conversa com Macron sobre mudanças recentes da Meta anunciadas por Zuckerberg

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva conversou por telefone com Emmanuel Macron, presidente da França, nesta sexta-feira (10). A Secom (Secretaria de Comunicação Social) informou que a conversa durou 30 minutos, sendo um dos tópicos a recente decisão de Mark Zuckerberg, CEO da Meta (M1T34), em acabar com o sistema de checagem de fatos nas redes sociais da empresa, e Lula aproveitou para elogiar manifestações do governo francês sobre o tema.

“Eles [Lula e Macron] concordaram que liberdade de expressão não significa liberdade de espalhar mentiras, preconceitos e ofensas. Ambos consideraram positivo que Brasil e Europa sigam trabalhando juntos para impedir que a disseminação de ‘fake news’ coloque em risco a soberania dos países, a democracia e os direitos fundamentais de seus cidadãos”, explicou a Secom em nota à imprensa.

Um comunicado recente do governo francês enfatizou que o país está “vigilante” e “empenhado” em garantir que a Meta, juntamente com outras plataformas, cumpra as suas obrigações legais. 

“A liberdade de expressão, um direito fundamental protegido em França e na Europa, não deve ser confundida com o direito à viralidade, o que permitiria a disseminação de conteúdos não autênticos a milhões de utilizadores sem qualquer filtragem ou moderação”, defendeu a França.

Por sua vez, o movimento do governo brasileiro foi encaminhar uma notificação extrajudicial para que a Meta esclareça em até 72 horas como as medidas anunciadas por Mark Zuckerberg impactarão a vida dos brasileiros, conforme anunciado nesta sexta-feira. 

Além disso, um GT (Grupo de Trabalho) será criado para discutir eventuais reações à decisão, entre elas, uma forma de tirar do papel uma regulação econômica da atividade, segundo o “Valor”.

Em paralelo a isso, Macron aproveitou o telefonema para renovar o convite para que o presidente Lula faça uma visita de Estado à França, no mês de junho, e compareça à Conferência das Nações Unidas sobre os Oceanos.

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