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123 Milhas é alvo de operação que investiga lavagem de dinheiro

Será apurado também se houve prática de estelionato, que causou prejuízo milionário a milhares de pessoas em todo o País

O grupo 123 Milhas, incluindo a MaxMilhas, está sob investigação na operação Mapa de Milhas, conduzida pelo Ministério Público de Minas Gerais, com o apoio da Polícia Civil. Serão executados, nesta quinta-feira (1), 17 mandados de busca e apreensão em endereços de pessoas físicas e jurídicas localizadas em Belo Horizonte. A investigação tem como objetivo verificar uma possível prática de lavagem de dinheiro.

Além disso, a investigação visa apurar se ocorreram crimes de estelionato, mediante associação criminosa, que resultaram em prejuízos milionários para milhares de pessoas em todo o País.

A investigação está a cargo da 14ª Promotoria de Justiça de Defesa do Consumidor da Capital, com o suporte do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco Central) e do Centro de Apoio Operacional de Defesa da Ordem Econômica e Tributária (Caoet).

A operação contou com a participação de oito promotores de Justiça, cinco delegados de Polícia Civil, 53 investigadores, um policial militar e cinco servidores do Ministério Público.

123 Milhas: peritos identificam gastos de R$ 13,6 mi em dezembro

Um relatório feito por peritos que acompanham o processo de recuperação judicial da 123 Milhas, mostra que a agência de viagens teve despesas de R$ 7,4 milhões em dezembro. A maior parte do montante está relacionada ao pagamento de tributos e funcionários, além de gastos com serviços de tecnologia. As informações são do Estadão / Broadcast.

Este é o segundo relatório de despesas elaborado após o Tribunal de Justiça de Minas liberar R$ 23.516.504,81 para a empresa. A decisão atendeu a um pedido da agência de viagens e trata do desbloqueio de parte de valores relativos a Cédulas de Crédito Bancário no Banco do Brasil.

Quando o montante foi desbloqueado, em 1º de novembro de 2023, o desembargador Alexandre Victor de Carvalho, determinou que a 123 Milhas prestasse contas mensalmente aos peritos nomeados pela Justiça – KPMG Corporate Finance Ltda. e Juliana Ferreira Morais.

Os peritos analisaram notas fiscais, boletos, relatórios analíticos de folha de pagamento de colaboradores e comprovantes de pagamento entregues pela companhia. O quadro técnico verificou que, entre os dias 30 de novembro e 31 de dezembro, o grupo gastou R$ 7,4 milhões – cerca de 31,5% do valor liberado pela Justiça mineira.

Eles detalharam os gastos em planilhas e apontaram que a comprovação de algumas despesas estava pendente, uma vez que ‘há documentos que não foram apresentados’.

Considerando o valor gasto em novembro pela agência de viagens, o relatório aponta que o grupo da 123 Milhas já usou R$ 13,6 milhões, o que representa 58,1% do total liberado. Resta um saldo de R$ 9,9 milhões.

A 123 Milhas havia requerido o desbloqueio dos valores à Justiça mineira sob argumento de que precisava pagar credores não sujeitos e posteriores ao pedido de recuperação judicial – por isso precisavam do acesso aos recursos.

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