Mercado

123Milhas: CPI quebra sigilo bancário de empresas de holding

Oito empresas compõem a holding dos sócios da 123Milhas

A CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) que investiga esquema de pirâmides financeiras aprovou nesta quarta-feira (13) a quebra do sigilo bancário e fiscal das oito empresas que compõem a holding dos sócios da 123Milhas.

As empresas com sigilo quebrado são: Art. Viagens e Turismo Ltda, Arc Comércio de Joias Ltda, LH – Lance Hoteis Ltda, AMRM Holding Ltda, MM Turismo & Viagens S.A, Novum Investimentos Participações S/A e 123 Fidelidade, Serviços e Inteligência Ltda.

A 123Milhas entrou na mira da CPI após anunciar a suspensão da venda e da emissão de novas passagens da sua linha promocional, afetando milhares de brasileiros que adquiriram pacotes para o resto de 2023.

Os sócios da companhia já haviam sido alvo de pedido de quebra de sigilo bancário e fiscal, assim como a própria 123Milhas. Agora, os parlamentares querem ampliar a investigação.

“A maior parte das empresas da holding atua no setor de turismo. Dessa forma, entende-se necessário averiguar o movimento bancário e fiscal de cada uma delas, a fim de examinar se há indícios de envolvimento em um esquema de pirâmide financeira”, afirmou o deputado Ricardo Silva (PSD), autor do requerimento contra a 123Milhas.

123Milhas demitiu cerca de 1,2 mil pessoas por causa da crise

Ramiro Madureira, sócio e administrador da 123Milhas, afirmou nesta quarta-feira (13) que o grupo precisou demitir cerca de 1,1 mil a 1,2 mil trabalhadores por causa da crise financeira que acometeu a companhia.

Em depoimento à CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Câmara dos Deputados sobre pirâmides financeiras com criptoativos, Madureira disse que a empresa já enfrentou outras dificuldades antes dos problemas com as passagens “promo”.

“Antes do promo, tivemos algumas outras perdas de receitas não esperadas na 123milhas”, disse o executivo da 123Milhas.

Entre esses problemas estavam a atuação das companhias aéreas para dificultar a emissão de milhas, antecipação de recebíveis – que antes era 0,3% ao mês e passou para 1,5% – e “a malha aérea muito apertada” que não deu margem para negociação com milhas.

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