As bolsas globais iniciam o pré-mercado desta sexta-feira (24) com variações mistas. Os investidores nacionais e externos seguem focados nas autoridades representantes dos Bancos Centrais dos EUA e do Brasil, para sondar a expectativa das políticas monetárias dos dois países.
Na Europa, Christopher Waller, membro do Federal Reserve, discutirá a taxa neutra de juros às 10h20. No Brasil, o Banco Central divulgará os dados do setor externo para abril às 8h30, com uma expectativa mediana de um déficit menor em conta corrente, projetado em US$ 1,1 bilhão. Além disso, o Conselho da Petrobras deve aprovar Magda Chambriard como nova presidente da empresa.
No Rio de Janeiro, às 14h, Roberto Campos Neto, o presidente do Banco Central, dará uma palestra sobre política monetária em um seminário da FGV.
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Esta informação, divulgada pela consultoria Arko Advice, levou à queda dos juros futuros perto do fechamento do mercado.
EUA
Os índices futuros dos EUA estão em alta, recuperando parte das perdas do dia anterior, quando a inesperada leitura do índice de gerentes de compras (PMI) de maio gerou dúvidas sobre o ciclo de cortes de juros no país.
Cotação dos índices futuros dos EUA:
Dow Jones Futuro: +0,11%
S&P 500 Futuro: +0,20%
Nasdaq Futuro: +0,16%
Bolsas asiáticas
Na Ásia, os mercados fecharam em queda generalizada nesta sexta-feira, refletindo as perdas em Wall Street devido à crescente incerteza sobre possíveis cortes de juros nos EUA.
Shanghai SE (China), -0,88%
Nikkei (Japão): -1,17%
Hang Seng Index (Hong Kong): -1,38%
Kospi (Coreia do Sul): -1,26%
ASX 200 (Austrália): -1,08%
Bolsas europeias
Os mercados europeus também estão em baixa nesta manhã, seguindo a tendência global de preocupações sobre a trajetória dos juros americanos.
No cenário macroeconômico, o Destatis confirmou que o Produto Interno Bruto (PIB) da Alemanha cresceu 0,2% no primeiro trimestre em relação ao trimestre anterior.
Ao mesmo tempo, as vendas no varejo do Reino Unido caíram 2,3% em abril, influenciadas pelo clima chuvoso que afastou os consumidores. Economistas consultados pela Reuters previam uma queda menor, de 0,4%.
FTSE 100 (Reino Unido): -0,44%
DAX (Alemanha): -0,36%
CAC 40 (França): -0,19%
FTSE MIB (Itália): -0,20%
STOXX 600: -0,44%
Ibovespa: relembre a véspera
O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira, a B3, encerrou a sessão da última quinta-feira (23) com queda de 0,83%, aos 124.610,92 pontos. O dólar comercial terminou o dia com queda de 0,06%, a R$ 5,1534.
Durante o pregão, o Ibovespa operou em queda, puxado pelo temor em relação a possibilidade de aperto ainda maior na política monetária dos EUA.
Radar corporativo
Em plena temporada de balanços, o radar comporativo destaca que o PagBank (PAGS34) reportou um recorde de lucro líquido ajustado no primeiro trimestre de 2024: R$ 522 milhões, alta de 0,3% em comparação ao quarto trimestre de 2023 e de 33,2% em comparação anual.
Além disso, em fato relevante ao mercado nesta quinta-feira (23), a Americanas (AMER3) comunicou o adiamento da divulgação de suas demonstrações financeiras referentes ao ano de 2023 e ao primeiro trimestre de 2024. Agora, a companhia pretende divulgar os números até 31 de julho.
Agenda do dia
A semana termina com a divulgação dos dados de transações correntes e de investimentos diretos no Brasil, além do índice de confiança da Universidade de Michigan nos EUA.
No Brasil, a agenda começa às 8h (horário de Brasília), com a sondagem do consumidor, seguida pelos dados de transações correntes, para os quais o consenso da LSEG prevê um déficit de US$ 1,05 bilhão, e pelos números de investimento estrangeiro direto.
Pela tarde, às 14h, Campos Neto fará uma palestra na abertura do X Seminário Anual de Política Monetária, promovido pelo Centro de Estudos Monetários (CEM) do FGV IBRE, no Rio de Janeiro.
Lá fora, nos EUA, às 9h30, serão divulgados os pedidos de bens duráveis de abril. Às 10h20, Christopher Waller, do Federal Reserve, participará de um evento. E às 11h, será publicado o índice de confiança do consumidor de Michigan para maio.
