3G Capital é processada nos EUA por rombo na Kraft Heinz

A Kraft Heinz, controlada pela 3G Capital, apresentou baixa contábil bilionária em 2019

A 3G Capital está sendo processada por uma investidora dos EUA pelos problemas enfrentados pela Kraft Heinz em 2019. Na época, a empresa apresentou erros no balanço, que geraram baixa contábil de US$ 15,4 bilhões. A informação é do jornal “O Globo”.

No processo, que foi protocolado em 6 de março, a investidora Adriana D. Felicetti  acusa o bilionário brasileiro Jorge Paulo Lemann e a 3G Capital de terem falhado em seu dever fiduciário com a empresa e seus acionistas, além de praticar insider trading (uso indevido de informação privilegiada) para lucrar com os papéis da Kraft Heinz antes de os problemas contábeis serem revelados.

Na ação, Felicetti reivindica a reparação das perdas como acionista e, para a empresa, o ressarcimento da multa de US$ 62 milhões que a Kraft Heinz teve de pagar à SEC (órgão regulador do mercado de capitais nos EUA) e o ressarcimento dos US$ 250 milhões que ainda devem ser pagos para encerrar ação coletiva iniciada após o rombo. Além disso, a investidora pede que a 3G Capital devolva os ganhos obtidos a partir do suposto insider trading.

São Carlos (SCAR3), de trio da 3G Capital, vende imóvel por R$ 8 mi

No começo de março, a São Carlos (SCAR3), empresa controlada pelo trio de acionistas da 3G Capital, Jorge Paulo Lemann, Beto Sicupira e Marcel Telles, embolsou R$ 8,1 milhões com a venda de um imóvel em Campo Grande-MS, locado para a Pernambucanas.

De acordo com documento enviado ao mercado na segunda-feira (6), o imóvel da São Carlos possui  2.001 m² de área bruta locável (ABL).

A venda foi 15,4% superior ao valor de aquisição, realizada em outubro de 2021. O cap rate (taxa de capitalização) da venda ficou em 7,1%, considerando a receita de locação dos contratos vigentes.

Dessa forma, o portfólio da São Carlos passa a ter 111 imóveis, com ABL própria de 487,8 mil m² e valor de mercado avaliado em R$ 5,3 bilhões.