O Ibovespa iniciou o pregão desta quinta-feira (6) com alta de 0,25%, aos 101.529 pontos, à medida que a ata do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) segue dando o tom dos mercados, enquanto o risco fiscal cresce. Além disso, as disputas políticas em 2022 irão determinar os rumos dos setores da bolsa. Por volta das 9h30, o dólar comercial caía 0,25%, a R$ 5,70.
O receio para os mercados é o retorno da polaridade ideológica, como ocorreu em 2018 e trouxe forte volatilidade, podendo afastar investidores, especialmente estrangeiros.
Em relação aos indicadores, a produção industrial recuou 0,2% em novembro, indo num movimento contrário às projeções. Com esse resultado a indústria fica abaixo do patamar pré-pandemia. Além disso, o índice que mede uma síntese da inflação interna, o IGP-DI, avançou 1,25% em dezembro.
No radar corporativo, o destaque é o aumento de capital do Carrefour que perdeu o efeito, a elevação seria de R$ 4,8 bilhões. Já indo para um sentido mais otimistas, a Braskem anunciou que já definiu os bancos que irão coordenar a sua oferta subsequente de ações (follow-on).
Entre as maiores altas do Ibovespa estão a Usiminas (USIM5) com avanço de 1,36%, a Ecorodovia (ECOR3), elevação de 2,2% e Natura (NTCO3), com ganho de 1,21%. Já entre as maiores baixas estão a Embraer (EMBR3), com recuo de 1,48%, Braskem (BRKM5), contração de 2,57% e TIM (TIMS3), redução de 1,50%.
No que diz respeito às commodities, os preços do minério de ferro avançaram 2,15%no porto chinês de Qingdao, sendo cotado a US$ 127,58%.
Na véspera, o primeiro-ministro da China, Li Keqiang, destacou a necessidade de reduzir impostos e taxas para companhias com a finalidade de assegurar um início estável à economia no primeiro trimestre de 2022 , como antecipou a Fast Markets.
O Índice de Fundos de Investimentos Imobiliários (IFIX) iniciou a sessão desta quinta-feira com alta de 0,28%, aos 2.768 pontos, com a maior parte de seus componentes registrando uma variação positiva, após fecharem com forte queda na véspera.
Pré-abertura da Bolsa
Nesta manhã, a ata da última reunião do Fed sobre a política monetária dos EUA seguiu afetando as bolsas internacionais, especialmente nas negociações na Ásia e Europa, que estavam com os mercados fechados quando o documento foi publicado.
O texto foi mais Hawk (rígido, com maior preocupação com a inflação) do que o esperado, gerando uma alta significativa no rendimento dos títulos do Tesouro norte-americano e derrubando as bolsas.
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