Abertura: Ibovespa recua em resposta a altas de juros do Fed

Às 10h04 (horário de Brasília) o Ibovespa abriu o pregão desta segunda-feira (10) com recuo de  0,044%, aos 102.271 pontos. O dólar apresentou uma alta de 0,42%, sendo negociado a R$ 5,65 .

A sessão da bolsa de valores brasileira, a B3, foi iniciada refletindo a preocupação do mercado em relação à ação do Federal Reserve (Fed), Banco Central dos Estados Unidos, nos próximos meses, de elevar os juros dos títulos do tesouro dos EUA já programadas para acontecer em março. O aperto monetário do Fed deixa forte presença de preocupação nos investidores.

Os papéis do Banco Inter lideravm as negociações no início do pregão desta segunda-feira (10) com ganhos de 15,46%, cotado a R$ 26,73. Enquanto que as ações da varejista Lojas Americanas se destacavam negativamente com o piores desempenhos, ao registrar queda de 5,44% a R$ 5,21.

O mercado acompanhou já no inicio da manhã a divulgação do Boletim Focus pelo Banco Central (BC), no qual aponta uma redução nas expectativas de crescimento do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2021, revelando uma queda de 10,01%, projetado na semana passada, para 9,99%.

Com pouca movimentação na agenda doméstica desta segunda-feira (10) o mercado aguarda a divulgação dos dados referentes à inflação. O ministro da Economia, Paulo Guedes, retoma a agenda em Brasília nesta semana, após as férias no final do ano. O chefe da pasta ainda terá que lidar com a crescente mobilização de servidores por reajuste salarial que vem se radicalizando com a recente tentativa do presidente da república em aumentar o salário de policiais federais, fazendo os demais servidores públicos se sentirem a parte do aumento. Aqueles em funções de chefia em Banco Central, Secretaria do Tesouro e Controladoria-Geral da União já iniciaram conversas para a entrega dos cargos no início de 2022 e em fevereiro serão feitas assembleias para discutir uma possível paralisação unificada das categorias.

Os mercados internacionais estão atentos ao tom mais Hawk (rígido, sinalizando aumento dos juros para conter inflação) do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA), que foi exposto na ata da sua última reunião, no qual prevê o adiamento da alta de juros  dos títulos do Tesouro dos EUA. Com isso, o tom conservador do Banco Central norte-americano tem feito o mercado agir de forma ainda mais cautelosa.