Ações da MRV (MRVE3), de Rubens Menin, sobem após recomendação

A ação da MRV (MRVE3), construtora brasileira fundada pelo bilionário Rubens Menin, registra uma sessão de ganhos nesta quarta-feira (25) após sua recomendação ter sido elevada de neutra para outperform (desempenho acima da média do mercado) pelo Credit Suisse, banco suíço. O preço-alvo foi elevado de R$ 15 para R$ 16, o que corresponde a um potencial de valorização de 70% em relação ao fechamento da véspera. Às 16h20 (horário de Brasília), os ativos da MRV subiam 4,68%, a R$ 9,84.

De acordo com os analistas Pedro Hajnal e Vanessa Quiroga, que assinam o relatório do Credit, a MRV tem sido um case bastante interessante de uma empresa tradicional brasileira que está mudando e ganhando relevância no exterior, a partir de sua operação com a AHS Residential, empresa verticalizada que atua na compra, construção e locação de terrenos, nos EUA.

Após conversarem com a equipe de análise do banco especializada no mercado imobiliário americano, os analistas apontam que a AHS pode representar 60% e 55% do lucro líquido em 2022 e 2023, respectivamente.

Os níveis de hipoteca nos EUA estão subindo 2 pontos percentuais desde janeiro. Os preços de aluguel também tiveram alta de 16% na base anual. Na terça-feira (24), o Departamento de Comércio anunciou que as vendas de casas novas nos EUA despencaram 16,6% no mês passado, para uma taxa anual ajustada sazonalmente de 591 mil unidades. Assim, os analistas avaliam ser provável que os investidores busquem um caminho de adquirir imóveis para posteriormente alugar.

A AHS Residential opera atualmente na Flórida, Texas e Georgia, regiões que têm mostrado crescimento dos preços de aluguéis, da ordem de dois dígitos.

No início do ano, o Bradesco BBI  (Banco de Investimento da Organização Bradesco) reforçou a sua preferência pela ação da MRV no setor de construção através de uma avaliação “por soma das partes” (dos segmentos da companhia).