As ações ordinárias da Natura (NATU3) despencaram mais de 15% nesta terça-feira (11), após a companhia divulgar resultados abaixo das expectativas no terceiro trimestre.
Os papéis encerraram o pregão na B3 em queda de 15,65%, cotados a R$ 7,76, refletindo a preocupação dos investidores com o enfraquecimento das receitas e margens.
Queda no prejuízo, mas frustração com receitas
Apesar de a empresa ter reduzido seu prejuízo líquido em 71,2%, para R$ 1,92 bilhão, o desempenho ficou aquém do esperado por analistas, especialmente devido à desaceleração das vendas no Brasil e na América Latina.
Segundo o Itaú BBA, a diminuição do consumo doméstico, somada a desafios na implementação da Wave 2, estratégia voltada à integração e otimização de custos na América Latina, levou a interrupções temporárias e pressionou as margens.
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“Apesar das baixas expectativas, a deterioração de receita e margem foi mais profunda do que o esperado. Dada a recente volatilidade nos resultados da Natura, esse desempenho pode minar ainda mais a confiança e atrasar uma recuperação das ações”, avaliou o banco.
Desempenho desigual entre marcas
O Citi também destacou a perda de ritmo nas operações. As receitas da Natura Brasil ficaram estáveis na comparação anual, após alta de 10% no trimestre anterior.
Já a Avon Brasil manteve trajetória negativa, com queda de 17% nas receitas, reflexo de investimentos limitados em marca.
“Dada a nova divulgação e reformulação, temos dificuldade em fazer comparações mais precisas neste momento. Ainda assim, o ambiente de demanda para o setor de beleza, especialmente no Brasil, tem se mostrado mais desafiador do que o esperado”, escreveu o analista João Pedro Soares, do Citi.
