Ações da Oi (OIBR3) caem mais de 15% após novo acordo com credores

A Oi disse que a operação envolve um empréstimo de US$ 275 milhões para cumprir obrigações de curto prazo

As ações da OI (OIBR3) continuam em queda nesta sexta-feira (3) após a empresa informar um novo acordo com credores. Por volta das 15:30 (de Brasília), as ações da telefônica recuavam 17,61% e eram cotadas a R$ 1,31.

A Oi disse que a operação envolve um empréstimo de US$ 275 milhões para cumprir obrigações de curto prazo. Segundo a empresa, o acordo foi acertado com a maioria dos detentores do título de dívida “10%/12% Senior PIK Toggle Notes” com vencimento em 2025, emitido em julho de 2018.

“A companhia acredita que a proposta de reestruturação irá melhorar de forma abrangente o seu balanço patrimonial e proporcionar valor a longo prazo”, disse a empresa.

Na madrugada de quinta (2), a telefônica publicou um fato relevante informando ao mercado que entrou novamente com um pedido de recuperação judicial. Suas ações passaram todo o dia de ontem em baixa e fecharam com queda de 21,7%, a R$ 1,59.

O preço das ações ordinárias da Oi variou entre R$ 1,59 e R$ 1,94 ao longo do dia e o volume movimentado foi de R$ 53,6 milhões, ante os R$ 49,6 milhões negociados na quarta (1º). Já os papéis preferenciais, que são menos líquidos e caíram 13%, a R$ 3,09, hoje, variaram entre R$ 3,09 e R$ 3,46 e movimentaram R$ 1,06 milhão, o dobro dos R$ 524 mil negociados antes.

Especialistas indicam falência

Especialistas ouvidos pela BP Money indicam que a Oi se mostra incapaz de quitar suas dívidas e que tende à falência. Por conta disso, os analistas recomendam que os investidores não comprem papéis da empresa.

“A verdade é que, uma empresa que passou tanto tempo em recuperação e não conseguiu fazer nada, a tendência dela é a falência. Muitas empresas que entram em RJ vão à falência e a Oi, provavelmente, vai ser um desses casos. Primeiro porque a gente não sabe se [o pedido] vai ser aceito. Isso tudo é muito ruim, o mercado não vê com bons olhos”, disse o analista chefe e sócio da Harami Research, Fábio Sobreira.

Já o assessor de investimentos na WIT Invest, Eduardo Ruviére, concorda com essa visão e reforça que a empresa é a mais endividada da bolsa de valores, ficando apenas atrás da Odebrecht.

“Hoje, a Oi é uma empresa com muita dívida e com pouca estimativa de recuperação. Essa RJ é um folêgo final, mas está cada vez mais difícil acreditar que ela vá conseguir se recuperar”, completou.

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