Após 'tarifaço'

Ações de siderúrgicas caem com tarifas de Trump sobre aço

Ações da Gerdau (GGBR4) caíam 0,42%, sendo cotadas a R$ 16,92

Ações de siderúrgicas caem com tarifas de Trump sobre aço

A medida protecionista do presidente dos EUA, Donald Trump, que estabelece novas tarifas de 25% sobre as importações de aço e alumínio começou a vigorar, impactando, quase instantaneamente, as siderúrgicas brasileiras.

Por volta das 10h50 (horário de Brasília), as ações da Gerdau (GGBR4) caíam 0,42%, sendo cotadas a R$ 16,92; da Usiminas (USIM5) apresentavam queda de 0,68%, a R$ 5,84; e a CSN (CSNA3) registrava perda de 1,42%, negociada a R$ 8,32. 

A desvalorização dos papéis dessas companhias está diretamente ligada à imposição das novas tarifas de importação, o que afeta negativamente as perspectivas para o setor de siderurgia.

A medida anunciada na véspera pelo republicano, que começa a valer a partir desta quarta-feira (12), gera apreensão no mercado e já reflete nas ações das principais empresas do setor.

Apesar dos esforços do governo brasileiro para reduzir o impacto dessas tarifas, o cenário permanece de incerteza, principalmente com as ameaças do governo dos EUA de aplicar novas taxações retaliatórias, como o etanol, que está sendo especificamente mencionado em comunicados oficiais. 

Esses fatores contribuem para a queda das ações das siderúrgicas, que enfrentam um futuro de desafios no cenário comercial internacional.

Brasil é terceiro maior fornecedor de aço aos EUA

Segundo informações do Departamento de Comércio dos EUA, o Brasil ocupa atualmente a posição de terceiro maior fornecedor de aço para os EUA, ficando atrás apenas do Canadá e México.

Esse dado destaca a importância do setor para o comércio bilateral, mas também coloca o Brasil em uma posição vulnerável diante das novas tarifas impostas pela administração Trump.

Embora se espere que a implementação dessas tarifas gere tensões nas relações comerciais entre Washington e Brasília, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) optou por não comentar o assunto imediatamente.

Em nota divulgada por meio de sua assessoria de imprensa, o órgão informou que não fará declarações sobre a questão nesta terça-feira, indicando uma postura cautelosa enquanto analisa as possíveis repercussões das novas medidas.

Essa atitude reflete a necessidade de uma estratégia diplomática, uma vez que o Brasil precisa lidar com os impactos econômicos, sem criar um ambiente de confronto com o governo dos EUA