As ações do varejo brasileiro passaram a segunda-feira (3) sob pressão por um temor do mercado de que o Governo mude as regras envolvendo os incentivos de ICMS dados pelos Estados às empresas. A aflição ficou do setor ficou maior após o anuncio do arcabouço fiscal.
Mas, os papéis tiveram uma queda de fato quando o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, falou ao canal Globo News, que o governo pode de fato alterar no incentivo do ICMS, já que a União perde R$ 90 bilhões de arrecadação por ano com a exclusão do ICMS da base de cálculo.
A Renner caiu mais de 8%, o Grupo Soma (SOM3) caiu 5,6%, enquanto Arezzo (ARZZ3) e Vivara (VIVA3) caíram 2,3% e 3,3% cada.
O JPMorgan falou em documento que a eliminação ou redução dos incentivos fiscais, serve de atalho para ajudar a suportar o aumento dos gastos públicos que o Governo quer.
Os incentivos de ICMS não são uma exclusividade das empresas de varejo, mas o setor é de longe o que está mais exposto aos benefícios fiscais. Segundo a XP, a exposição das companhias do setor a todos os benefícios fiscais é de 31% do lucro líquido, com a maior exposição entre as varejistas de moda.
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O JP Morgan também tentou estimar a contribuição dos incentivos fiscais para o valor justo das empresas do setor varejista. Segundo a sociedade gestora, a maior impactada com o fim do ICMS seria o Grupo Soma, com 50% do valor justo vindo dos incentivos fiscais. Na sequência vem a Vivara com 44%, a Arezzo com 27% e a Alpargatas, Renner e Pague Menos com 20% cada.
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