Baixas na Bolsa

Ações do GPA (PCAR3) desabam com nova recomendação do JPMorgan 

Em relatório recente, o JPMorgan revisou recomendação para o papel GPA (PCAR3) de neutra para venda

Foto: Divulgação
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Após uma nova recomendação do banco norte-americano JPMorgan, que rebaixou a recomendação dos papéis do GPA (PCAR3), a empresa opera no Ibovespa com forte queda. Por volta de 11h50, a ação desabava 6%, negociada a R$ 2,96.

Em relatório recente, o JPMorgan revisou recomendação para o papel de neutra para venda. Conforme a análise, os desafios com a geração de caixa, com destaque para o nível de endividamento, que deve chegar a 3,2 vezes o Ebitda em 2025, são as justificativas para o rebaixamento.

Mesmo diante da possibilidade da empresa de fechar ou vender lojas no Norte ou no Nordeste, o banco não entende como uma alternativa para melhorar o endividamento de forma significativa, diante das preocupações com a elevação dos juros.

“Além disso, não temos motivos suficientes para acreditar que uma potencial fusão com o Dia melhoraria significativamente as suas operações ou o balanço”, avaliou o JPMorgan.

Rede de supermercados Coelho Diniz amplia participação no GPA (PCAR3)

Os controladores da rede mineira de supermercados Coelho Diniz, presentes em seis cidades de Minas Gerais (Governador Valadares, Ipatinga, Coronel Fabriciano, Caratinga, Manhuaçu e Teófilo Otoni), têm feito investimentos para compra de ações com o intuito de ampliar sua participação no Grupo Pão de Açúcar (GPA).

Os investimentos estão sendo feitos por membros da família Coelho Diniz, por meio de pessoas físicas. Com 22 lojas, a empresa tem demonstrado interesse em expandir sua influência no setor supermercadista, especialmente em relação ao GPA.

Mudanças no controle da empresa

Recentemente, o panorama do GPA passou por transformações significativas com a saída do controle do Casino, varejista francês que há anos mantinha uma participação dominante no grupo brasileiro.

Em um anúncio, o Casino revelou que deixará de ser o controlador do GPA, após a companhia brasileira realizar um aumento de capital que levantou R$ 704 milhões. 

Como resultado dessa mudança, a participação do Casino no GPA foi reduzida de 40,9% para 22,5%, o que implica na perda do controle da empresa.

Com essa diluição, o GPA passará a não ter mais um controle definido e o Casino permanecerá com apenas dois representantes no conselho de administração da companhia. 

O anúncio ocorre em um momento delicado para o grupo francês, que está passando por um processo de reestruturação de sua dívida sob a liderança do bilionário tcheco Daniel Kretinsky.

Essa reestruturação é uma tentativa do Casino de reorganizar suas finanças em um cenário desafiador, refletindo as dificuldades financeiras que o grupo vem enfrentando nos últimos anos.